
Cardozo disse que se lembra claramente do epis�dio, que abriu uma crise pol�tica no pa�s dentro dos setores militares. � �poca, haviam grupos que defendiam a abertura democr�tica e outros que desejavam o endurecimento do regime.
“O atentado do Riocentro marcou muito a minha gera��o porque representava, ali, um ato de viol�ncia que vinha das ra�zes da ditadura militar. O Brasil mudou muito nesses 30 anos e mudou para a melhor. Hoje, vivemos em uma democracia. Situa��es daquele tipo que n�s vivenci�vamos n�o existem mais. Hoje, n�s temos a possibilidade de falar o que queremos, de pensar, de nos manifestarmos com absoluta liberdade.”
Apesar de reconhecer os avan�os na pol�tica brasileira, Cardozo fez quest�o de enfatizar que � importante preservar a hist�ria dos fatos para que esses n�o se repitam. “A mem�ria existe justamente para que n�s evitemos cometer os erros do passado. Ent�o, vamos lembrar do Riocentro para que dias como aqueles nunca mais ocorram.”
O ministro participou nesta s�bado da 1ª A��o Itinerante da Casa de Direitos, que tem objetivo de levar acesso gratuito � Justi�a aos moradores da Cidade de Deus, uma das primeiras comunidades ocupadas por uma Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) no Rio. “Este evento � fundamental, porque simboliza aquilo que n�s queremos para o pa�s. Primeiro, a ocupa��o da paz, contra o crime organizado. E, agora, a chegada do Estado de Direito, a chegada da cidadania.”