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Estado de Minas

Indica��o de afilhados para diretorias de Furnas rende frutos a deputados do PT e PMDB


postado em 08/05/2011 07:28

Varginha, El�i Mendes, Tr�s Cora��es – Caciques do PT e do PMDB se digladiam h� anos em busca de mais espa�o nas cobi�adas diretorias da hidrel�trica de Furnas, uma certeza de rendimentos financeiros e excelentes frutos pol�ticos. Que o diga a "fam�lia Cunha" – representada de um lado pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de outro pelo deputado federal Odair Cunha (PT-MG) –, que se acostumou a repartir os dividendos das indica��es para cargos na estatal nos governos petistas.

Unidos pela coincid�ncia do sobrenome, que n�o significa parentesco, hoje os Cunhas enfrentam realidades diferentes na queda de bra�o pelo poder na hidrel�trica. Eduardo Cunha perdeu espa�o, com a queda do seu apadrinhado Carlos Nadalutti da presid�ncia. J� o outro Cunha, o Odair, se fortalece a cada dia, com a confirma��o pela presidente Dilma Rousseff da manuten��o de Luiz Fernando Paroli Santos, no cargo de diretor de gest�o corporativa, respons�vel pela "chave do cofre".

De fato, o deputado petista s� tem o que comemorar, desde que emplacou, em jullho de 2008, o nome do diretor. Com a ajuda do afilhado pol�tico, Cunha saltou de pouco mais de 34 mil votos na primeira elei��o que disputou para 164 mil, em seu terceiro mandato na C�mara, um crescimento de mais de 400%. Na desgastada pr�tica do toma-l�-d�-c�, o apadrinhado agradeceu ainda a indica��o ao cobi�ado cargo com libera��o regular de recursos de Furnaspara projetos sociais do petista no Sul de Minas, sua base eleitoral, usados para a compra de ambul�ncias, obras em entidades sociais e at� investimento em cooperativas de produtores rurais. Tudo isso registrado cuidadosamente em fotos oficiais.

Essa dobradinha de compadres, entretanto, terminou por provocar a ira do PMDB e do pr�prio PT fluminense, respons�vel pela indica��o do diretor de opera��o de Furnas, que passa longe da libera��o de recursos. A diretoria de gest�o corporativa tem um caixa-forte e s� n�o opera recursos para obras, o que explica, em parte, os olhos grandes de companheiros, como o petista Jorge Bittar – respons�vel pela indica��o para a diretoria de opera��o –, e de advers�rios.


Nessa queda de bra�o, sobrou para o ent�o presidente da estatal, ligado ao Minist�rio de Minas e Energia, Nadalutti, que foi substitu�do depois de ser alvo de den�ncias de irregularidades em sua gest�o. Ligado ao PMDB de Goi�s e t�cnico de carreira, Nadalutti � considerado por seus companheiros de partido v�tima dos petistas do Rio de Janeiro em busca de mais espa�o na estatal.

Colegiada Ao indicar o novo presidente de Furnas, o t�cnico Fl�vio Decat, Dilma Rousseff chegou a anunciar a troca de todos os diretores, mas ficou nisso. Na verdade, o peso pol�tico das diretorias da estatal � maior do que o da presid�ncia, j� que todos t�m poder de voto e veto. "Funciona como uma presid�ncia colegiada e, portanto, a decis�o do presidente precisa de aprova��o dos demais", diz um dos envolvidos nesse imbr�glio, para explicar uma certa falta de interesse pelo comando.

Apesar da troca do mais alto posto de Furnas, o rateio das diretorias permaneceu, parte com o PT e parte com o PMDB. E, mais uma vez, Cunha mostrou sua for�a e conseguiu a perman�ncia de Paroli no cargo. For�a que pode ser explicada, em parte, pela estreita rela��o que o deputado mant�m com o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu, operador do mensal�o e, apesar disso, ainda hoje com forte influ�ncia no diret�rio nacional do partido.

A proximidade entre Cunha e Jos� Dirceu – convocado tamb�m para refor�ar o argumento de que havia necessidade da alian�a em Minas do PT com o PSB, que culminou na elei��o de Marcio Lacerda para a Prefeitura de Belo Horizonte –, ficou ainda mais evidente em setembro, um m�s antes das �ltimas elei��es. Durante um encontro com empres�rios do setor de bebidas, Cunha contou com a presen�a de Jos� Dirceu, em Passa Quatro, terra natal do ex-ministro, para convencer representantes da categoria a declarar apoio � sua candidatura � reelei��o a uma cadeira na C�mara.

Jos� Dirceu tamb�m falou sobre a trajet�ria de Cunha a fabricantes de refrigerantes de S�o Gon�alo do Sapuca�, Ouro Fino e Itamonte, al�m de filiados da Associa��o de Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afebras). O encontro foi registrado no site oficial de Cunha, que fez quest�o de divulgar tamb�m sua presen�a na missa de a��o de gra�as pelo anivers�rio de 90 anos de Olga Silva, m�e de Jos� Dirceu, naquele mesmo ano.


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