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Estado de Minas

C�digo Florestal esquenta o clima entre base e oposi��o

Pal�cio do Planalto precisa contar nos dedos os aliados e ainda tenta contornar a atua��o, que considera desastrosa, do l�der do PT na C�mara e de lideran�as que deveriam apoi�-lo


postado em 13/05/2011 06:00 / atualizado em 13/05/2011 06:14


Bras�lia – As discuss�es sobre o novo C�digo Florestal deixaram � mostra feridas abertas ao longo dos anos e a desafina��o de l�deres partid�rios da base com o governo. Nas tentativas de costurar acordos, e diante da necessidade de contar nos dedos os aliados, o Planalto se deparou com atua��es pouco convincentes e agora paga o pre�o das pr�prias escolhas. Um dos buracos abertos durante as negocia��es envolve o l�der do PT, Paulo Teixeira (PT-SP), e o comando palaciano.

A atua��o do petista foi criticada em conversas de governistas do primeiro escal�o durante as tentativas de acordo. O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, comentou que o l�der n�o se empenhou como devia nas discuss�es em torno do tema e abriu muitas brechas para que deputados ruralistas da sigla fizessem prega��es contra as pretens�es governistas. O petista tamb�m foi enquadrado quando anunciou que iria desistir da briga na C�mara e mandar o debate para o Senado. As declara��es foram interpretadas como tentativa de lavar as m�os e evitar o pr�prio desgaste dentro da bancada.

O modo de operar do l�der petista tamb�m n�o tem agradado ao l�der do governo, C�ndido Vacarezza (PT-SP), que n�o tem encontrado nele o amparo para impor a vontade do Planalto aos seus liderados. Os pr�prios petistas que ensaiavam resist�ncias �s ordens governistas comentam que Teixeira ouvia a todos e estava respeitando as quest�es regionais.

Quem tamb�m tem demonstrado inc�modo nas rela��es com o Planalto � o l�der do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). Ao receber a ordem de trabalhar pelo adiamento da vota��o do novo C�digo na �ltima hora, Alves disse imediatamente que n�o o faria. Minutos depois, mudou de ideia e anunciou a mudan�a, afirmando estar contrariado. No plen�rio, se queixou a peemedebistas, mas ressaltou que obedecer naquela hora era uma forma de mostrar a import�ncia do partido.

Duas horas antes, o l�der peemedebista j� tinha enfrentado o governo ao anunciar que votaria contra a possibilidade de edi��o de decreto presidencial para regulamentar �reas de preserva��o permanente. Foi preciso um telefonema insistente de Antonio Palocci para convenc�-lo. Na conversa, o ministro pediu um voto de confian�a que, ao que parece, Alves aceitou dar. Em jogo nessa negocia��o est�o dezenas de cargos do segundo escal�o pleiteados pelo PMDB.

Mais feridas

Fora da disputa que envolve o poder e a barganha palaciana, diverg�ncias antigas se tornaram p�blicas. Uma delas, contida e somente pronunciada nas mais reservadas conversas, envolve a ex-ministra Marina Silva e o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que tamb�m foi ministro no governo Lula.

Depois de saber que por meio do Twitter a ex-ministra disse que ele havia colocado "pegadinhas" no texto da nova legisla��o ambiental, o parlamentar atacou: "Quem fraudou contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva. Ele foi defendido por mim nesta Casa, quando eu era l�der do governo e evitei o depoimento dele". O desabafo de Rebelo se referia ao ano de 2003, quando atuava na lideran�a e recebeu a miss�o de abortar o movimento de deputados da Comiss�o de Fiscaliza��o e Controle da C�mara para investigar o marido da ent�o ministra do Meio Ambiente.

As acusa��es eram de que o t�cnico agr�cola F�bio Vaz de Lima estaria envolvido com uma doa��o irregular feita pelo Ibama. O �rg�o doou 6 mil toras de mogno apreendidos para a ONG Fase (Federa��o de �rg�os para a Assist�ncia Social e Educacional), uma das integrantes do Grupo de Trabalho Amaz�nico (GTA), do qual o marido de Marina era um influente integrante. De acordo com o relat�rio do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) sobre o caso, a doa��o ignorou os princ�pios da isonomia, impessoalidade e publicidade.

Depois de lembrar o caso publicamente ao atacar a ex-ministra, Aldo Rebelo se dirigiu para o canto do plen�rio onde um grupo de deputados o olhava at�nitos. "O que foi? N�o sabiam?", reagiu.


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