
Em viagem oficial � R�ssia, Temer manifestou-se em tom semelhante ao da presidente Dilma Rousseff, que, segundo assessores, n�o foi surpreendida pelas informa��es publicadas ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. Auxiliares da presidente informaram que ela est� “tranquila”, pois sabia desde dezembro que Palocci tinha uma empresa.
Segundo a reportagem, a empresa Projeto, da qual o ministro tinha 99,9% do capital, comprou um apartamento de R$ 6,6 milh�es em novembro e j� era dona de um escrit�rio de R$ 882 mil, ambos na regi�o da Avenida Paulista, em S�o Paulo. Em 2006, Palocci declarou � Justi�a Eleitoral patrim�nio de R$ 375 mil.
Os dados da Projeto, inclusive o faturamento, foram submetidos � Receita Federal e � Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia antes da posse, segundo nota da Casa Civil. O texto diz que “as atividades da empresa e as medidas tomadas para prevenir conflito de interesses foram registradas junto � Comiss�o de �tica da Presid�ncia”. Palocci informou que a Projeto, aberta em 2006, prestou consultoria econ�mico-financeira at� 2010, quando “as atividades foram encerradas por for�a da fun��o ministerial”.
Explica��es
Dois im�veis de alto padr�o em S�o Paulo foram comprados em nome da Projeto. “Vamos aguardar as explica��es. Se ele n�o detalhar, na ter�a-feira vou apresentar uma representa��o na Procuradoria-Geral da Rep�blica”, disse o l�der do DEM no Senado, Dem�stenes Torres (GO).
Para justificar a cobran�a, o senador citou o hist�rico do ministro. Palocci deixou o governo Lula em 2006, no epis�dio da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa, que havia declarado ao jornal O Estado de S. Paulo ter visto o ministro frequentando uma casa usada por lobistas - Palocci negava ter ido ao local. “Ele � um sujeito enrolado, a vida toda dele � enrolada. Vai ter essa den�ncia e outras mais”, afirmou Dem�stenes.
O l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR), cogita levar o caso tamb�m � Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica. Para ele, a den�ncia sobre o patrim�nio de Palocci aponta para “enriquecimento il�cito”. O presidente do PPS, Roberto Freire (SP), defendeu que a Receita Federal analise a evolu��o patrimonial do ministro.