No centro da primeira turbul�ncia pol�tica do governo, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, decidiu enviar um esclarecimento espont�neo � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) para justificar as atividades econ�micas da sua empresa, a Projeto Consultoria Financeira e Econ�mica Ltda., e o alto volume de recursos que recebeu no fim de 2010, ap�s a elei��o de Dilma Rousseff � Presid�ncia da Rep�blica. O ministro foi o principal coordenador da campanha da petista.
O faturamento milion�rio no fim do ano serviu para ajudar a comprar o apartamento de R$ 6,6 milh�es num bairro nobre de S�o Paulo, cuja aquisi��o foi conclu�da em novembro. Somente uma dessas empresas que contratou a Projeto, segundo fonte pr�xima ao ministro, fatura cerca de R$ 350 milh�es por m�s. Palocci se nega a divulgar o nome de seus antigos clientes, sob a alega��o de que respeita cl�usulas de confidencialidade e tamb�m mant�m sob sigilo o valor faturado.
Palocci alterou o objeto social da empresa do ramo de consultoria para o de administra��o imobili�ria em 29 de dezembro de 2010, dias antes da posse de Dilma Rousseff. A turbul�ncia pol�tica vivida pelo ministro nos �ltimos dias se deve a questionamentos sobre o aumento significativo de seu patrim�nio.