O PSDB caminha a passos largos para repetir na conven��o nacional do partido o racha que dividiu o diret�rio paulista da legenda no in�cio do m�s. Marcada para o pr�ximo s�bado, a reuni�o eleger� os postos-chave de comando da sigla pelos pr�ximos dois anos. Mas, a contar pelo n�vel de acirramento entre os grupos internos, o encontro para selar a unidade tucana pode parar na Justi�a. A fissura tem como pano de fundo as elei��es nacionais de 2014, muito embora o PSDB ainda discuta apenas timidamente o pleito municipal do ano que vem.
Outro agravante da crise ocorre porque os serristas exigem ocupar a Secretaria-Geral — segundo posto hier�rquico da legenda— para acomodar o aliado Alberto Goldman. As alas de Alckmin e de A�cio trabalham para emplacar a reelei��o do deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG). No in�cio de abril, a disputa pela Secretaria do diret�rio paulista provocou a ruptura de seis vereadores tucanos em S�o Paulo, que decidiram se desfiliar do partido. O impasse gerou tanto desconforto que a conven��o estadual teve de ser adiada, pois n�o havia chance de acordo entre Alckmin e Serra. No fim, o candidato do atual governador ao posto estadual, C�sar Gontijo, ficou com o cargo.
No plano nacional, os grupos de Alckmin e de A�cio trabalham para emplacar Guerra e Castro nos dois postos-chave e o ex-senador Tasso Jereissatti (CE) no Instituto Teot�nio Villela (ITV). Os serristas chegaram a pedir a elei��o do ex-governador paulista para o posto no ITV — indica��o que o pr�prio Serra n�o v� com bons olhos.
Rod�zio
Para os tucanos alheios � disputa entre paulistas e mineiros, a hora � de pressionar por maior espa�o na legenda. Na semana passada, 37 deputados federais estiveram reunidos com S�rgio Guerra para cobrar a fatura pelo apoio na conven��o do pr�ximo s�bado.
Reunidos na casa do deputado Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), os parlamentares pediram um rod�zio nos cargos de lideran�a do partido e da minoria na C�mara, que invariavelmente ficam com Minas ou S�o Paulo. Ainda querem um novo modelo de divis�o do Fundo Partid�rio da legenda, privilegiando os estados em que os tucanos n�o s�o governo. Os deputados tamb�m cobram que a sigla foque as elei��es de 2012 e inverta a agenda atual, que tem privilegiado o pleito de 2014. “A Executiva deve se pautar por 2012, e n�o inverter a agenda, como tem feito. N�o d� para discutir 2014 sem ganhar terreno em 2012. Chegaremos enfraquecidos desse jeito”, reclama Azambuja.