
A presen�a de posi��es contradit�rias no mesmo espa�o resultou em confus�o quando o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) passou perto das pessoas que pleiteavam a aprova��o do projeto. Logo em seguida come�ou um bate-boca, que quase terminou em agress�o ao parlamentar. Depois de chamar Bolsonaro de racista, um homem negro tentou se aproximar do parlamentar com uma bandeira, em uma tentativa de agress�o, mas foi detido pelos seguran�as particulares do deputado. Em seguida, os PMs levaram o manifestante de volta ao grupo. “Eles s�o rid�culos. At� o que eles falam � rid�culo”, gritava Bolsonaro. Manifestantes reclamaram que antes o deputado havia jogado �gua em uma drag-queen.
Inconstitucionalidade
Os outros parlamentares presentes � manifesta��o preparada pelos grupos religiosos, entre eles os senadores Marcelo Crivella (PR-RJ) e Walter Pinheiro (PT-BA) e os deputados federais Anthony Garotinho (PR-RJ), Jo�o Campos (PSDB-GO) e Ronaldo Fonseca (PR-DF), defenderam a inconstitucionalidade do projeto que criminaliza a homofobia. Durante o protesto, eles afirmaram que a proposta n�o ser� alvo de nenhum tipo de acordo. Para os deputados e senadores da Frente Parlamentar da Fam�lia, caso o texto seja aprovado, n�o apenas aqueles que manifestarem opini�o discordante � pr�tica homossexual podem ser presos, como tamb�m l�deres de entidades religiosas que se manifestarem contra a uni�o gay. “A B�blia, para n�s, � a palavra de Deus. Se a lei for aprovada, a B�blia vira homof�bica”, declarou o pastor Silas Malafaia, organizador da manifesta��o. Os parlamentares tamb�m entregaram um abaixo-assinado ao presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), com 1 milh�o de assinaturas contra o projeto.
As cr�ticas e a defesa da derrubada total do projeto ocorreram apenas um dia ap�s o senador Marcelo Crivella, ex-bispo da Igreja Universal, ter se encontrado com a relatora da proposta na Comiss�o de Direitos Humanos (CDH) do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), para buscar um entendimento quanto ao teor do texto. Tamb�m participaram da reuni�o o senador Demostenes Torres (DEM-GO) e o presidente da Associa��o Brasileira de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis. Depois da reuni�o, houve mudan�a na proposta, especialmente no artigo que pune a discrimina��o ou preconceito pela orienta��o sexual — a nova reda��o dever� prever puni��o apenas �queles que induzirem a viol�ncia. As mudan�as foram enviadas aos senadores e � ABGLT. Quando chegar a um consenso, a retornar� � pauta da comiss�o para vota��o.