Depois de todo o desgaste provocado pelo caso Antonio Palocci, a base aliada foi orientada pelo Planalto para se articular agora em defesa do ministro Aloizio Mercadante, da Ci�ncia e Tecnologia. A oposi��o j� tem prontos requerimentos para convocar o ministro para depor em tr�s comiss�es da C�mara, reeditando a estrat�gia usada contra o ent�o titular da Casa Civil.
Agora, com a articula��o pol�tica remontada, embora ainda em teste, o governo aposta que a base poder� minimizar trai��es e controlar as sess�es das comiss�es, evitando a convoca��o de Mercadante. Reportagem da revista Veja aponta o ministro como um dos suspostos mentores da compra de um dossi� contra o tucano Jos� Serra em 2006. Em entrevista, um dos envolvidos afirma que o ministro era respons�vel por arrecadar parte dos R$ 1,7 milh�es que seriam usados para a compra de informa��es e acabaram apreendidos pela Pol�cia Federal �s v�speras da elei��o. O vice-l�der do governo, Odair Cunha (PT-MG), afirma que a base n�o vai permitir "explora��o pol�tica" deste caso. "A oposi��o continua seguindo seu script de usar den�ncias para tentar estabelecer crises no governo. N�s n�o vamos admitir, o governo vai continuar trabalhando". Ele afirma que os aliados ser�o orientados a recusar qualquer convoca��o do ministro para falar do tema. O PSDB j� preparou requerimentos para tentar a convoca��o nas comiss�es de Ci�ncia e Tecnologia, Fiscaliza��o Financeira e Controle e Seguran�a P�blica. O l�der tucano na C�mara, Duarte Nogueira (SP), pretende tamb�m acionar o Minist�rio P�blico para que seja reaberto o inqu�rito que apurou o caso. O l�der do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), destaca que o arquivamento do caso se deu por falta de provas. "O Minist�rio P�blico tem de reabrir o inqu�rito porque agora j� h� pelo menos a prova testemunhal". Em nota, Mercadante destacou ter sido inocentado nas investiga��es anteriores. "A mat�ria n�o informou que estas ila��es j� haviam sido mencionadas � �poca e que o ex-Procurador Geral da Rep�blica, Antonio Fernandes de Souza, reconhecido pelo rigor de seus pareceres, pronunciou-se de modo inequ�voco e isentou-me de qualquer envolvimento na suposta opera��o". O ministro destacou ainda ter sido inocentado, por unanimidade, pelo Supremo Tribunal Federal.