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Estado de Minas RECONHECIMENTO DE ALIADOS E ADVERS�RIOS

Pol�ticos se unem para destacar a trajet�ria de Itamar


postado em 03/07/2011 07:50 / atualizado em 03/07/2011 10:51

O mundo pol�tico parou para lamentar a morte do senador mineiro e ex-presidente Itamar Franco (PPS). Aliados e opositores deixaram de lado suas posi��es ideol�gicas e partid�rias para refor�ar a import�ncia de seu governo para o pa�s e ressaltar sua trajet�ria pol�tica sem envolvimentos em esc�ndalos pol�ticos. A presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a oferecer o Pal�cio do Planalto para a realiza��o do vel�rio do ex-presidente, mas os familiares preferiram que as cerim�nias fossem marcadas para Minas Gerais. Por meio de nota, Dilma apontou a “trajet�ria exemplar e de honradez p�blica” de Itamar, que fica como um exemplo a ser seguido. “Foi dirigente do pa�s em um momento crucial da nossa hist�ria recente. O Brasil e Minas sentir�o sua falta”, disse a petista.

Os ex-presidentes tamb�m se manifestaram sobre o morte de Itamar, ressaltando diferentes momentos da sua carreira pol�tica e suas principais realiza��es. Fernando Henrique Cardoso, que assumiu dois minist�rios em seu governo – primeiro das Rela��es Exteriores e depois da Fazenda –, afirmou que deve muito ao mineiro. “Incorrupt�vel, com esp�rito p�blico comprovado, comprometido com seu estado e com o povo brasileiro, ele deixa um legado extraordin�rio. Como seu colega no Senado, seu ministro em duas pastas e como um dos alicerces de minha candidatura � Presid�ncia, devo muito a Itamar. Mas todos devemos a ele a marca de um homem a quem o poder n�o abalou a simplicidade no modo de viver”, diz em nota o tucano.

J� Luiz In�cio Lula da Silva destacou a implementa��o do Plano Real, a cria��o do Conselho Nacional de Seguran�a Alimentar (Consea) e seu valor como “grande democrata”. “Quando assumiu a Presid�ncia, em um momento conturbado, teve sabedoria para dialogar com toda a sociedade brasileira e ajudou o pa�s a entrar em uma rota positiva na pol�tica, na economia e no social”, lembrou Lula. O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que teve Itamar como vice, enalteceu sua atua��o no Congresso. “Sinto muito a perda de um amigo e grande presidente. Perde o Senado e a vida p�blica brasileira”, afirmou em nota.

Na bancada

Entre os companheiros da bancada mineira no Senado prevaleceu a tristeza com a aus�ncia de um parlamentar batalhador, que conhecia muito bem os principais problemas de seu estado. Aliado e companheiro de chapa na disputa para a Casa, o senador A�cio Neves (PSDB) lamentou a morte daquele com quem tinha uma rela��o classificada por ele como familiar. “Trago comigo uma perda muito dolorida e muito pessoal.

Constru� com Itamar uma rela��o, que ele costumava dizer paternal. Eu perdi, h� poucos meses, o meu pai, e perco, agora, uma figura que de alguma forma tomava esse espa�o”, afirmou A�cio em entrevista � imprensa no seu apartamento em Belo Horizonte.

A �ltima conversa entre A�cio e Itamar, segundo o senador, ocorreu h� cerca de 10 dias, quando o colega de plen�rio perguntou sobre os rumos do projeto de reforma pol�tica em tramita��o no Senado. Itamar fazia parte da comiss�o especial criada para discutir o assunto. “Fica firme l�, n�o deixem atropelar o regimento n�o. Estou a� pr�ximo, preparando. Vou sair daqui melhor do que eu estava. Vou me preparar para as nossas pr�ximas lutas”, teria dito Itamar. O senador ainda agradeceu � presidente Dilma Rousseff a iniciativa de oferecer o Pal�cio do Planalto para velar o corpo de Itamar, gesto apontado por ele como "republicano". At� porque Itamar integrava a bancada de oposi��o ao governo federal. E foi em rela��o a essa postura em rela��o ao Planalto o �ltimo pedido de Itamar ao senador. “Ele dizia sempre que a atividade da oposi��o na democracia � t�o relevante quanto a daqueles que est�o no governo”.



Outro companheiro de Congresso, o tamb�m mineiro Cl�sio Andrade (PR) afirmou que Itamar deixa um exemplo de coer�ncia, dignidade e honradez. “Nesses cinco meses que convivi com ele no Senado aprendi muito e pude testemunhar mais de perto a firmeza e convic��o com que defendia suas ideias, sempre em prol dos interesses de Minas.”

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que conhecia bem o pol�tico mineiro, lembrou a atua��o de Itamar desde a d�cada de 1970 e se impressionou com a empolga��o do colega nos �ltimos dias no Senado. “Notei que ele estava doido para trabalhar. Parecia um guri. Ser� muito dif�cil arranjar um substituto � altura”, afirmou.

Na capital

O governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) lembrou ontem da conviv�ncia di�ria com Itamar Franco durante os tr�s meses da campanha eleitoral do ano passado – quando ele tentava a reelei��o e Itamar uma das duas vagas de Minas para o Senado. “Quero fazer o registro formal, como governador de Minas, dos nossos sentimentos, das condol�ncias de todos os mineiros � fam�lia, e reverenciar a sua mem�ria”, afirmou, emocionado, destacando que Itamar era um homem “correto e honesto”.

Para o prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), a carreira pol�tica do senador mineiro deixam claro suas qualidades como homem p�blico, com ac�mulos de experi�ncia em cada etapa. “Ele come�ou como engenheiro de obras p�blicas, prefeito, senador, governador, presidente. � muito importante que se possa celebrar, na hist�ria brasileira, a presen�a de homens como Itamar Franco”, disse Lacerda. O vice-prefeito, Roberto Carvalho (PT), apontou o exemplo de um pol�tico que “n�o confundia o p�blico com o privado” e deveria ser seguido por todos os homens p�blicos do pa�s.

A atua��o de Itamar nas reformas econ�micas e o sucesso da nova moeda lan�ada durante seu governo foi lembrada pelo presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado. “Ao assumir o comando da na��o e nos seus momentos mais dram�ticos, com sua determina��o conseguiu conduzir o pa�s, consolidando suas institui��es democr�ticas e conduzindo nossa economia em um processo de estabiliza��o”, refor�ou Olavo. O lado humano do ex-presidente tamb�m foi destaque entre os depoimentos dos mineiros que conheceram Itamar, assim como sua devo��o com a f� e sensibilidade com as pessoas. “Era muito sincero, um homem muito aberto e respeitoso. Ele tinha amor ao Brasil, a Minas Gerais e tinha seriedade em seu trabalho”, comentou o arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor Oliveira de Azevedo.


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