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Estado de Minas

Ministro dos Transportes admite n�o controlar a Valec

Diante de den�ncias de superfaturamento e propina em obras vi�rias, Alfredo Nascimento confessa a aliados que contratos da estatal eram comandados pelo secret�rio-geral do PR, Valdemar Costa Neto


postado em 06/07/2011 08:23

Sob fogo cerrado desde o fim de semana, quando sa�ram publicadas as den�ncias de corrup��o no Minist�rio dos Transportes, o titular da pasta, Alfredo Nascimento, e o secret�rio-geral do PR, Valdemar Costa Neto, come�am a jogar os problemas um no colo do outro. Na reuni�o da noite de segunda-feira, na qual recebeu parlamentares do partido em seu gabinete, Nascimento exp�s sua vers�o sobre os pre�os das obras rodoferrovi�rias.

Foi veemente ao afirmar que n�o h� superfaturamento nas obras a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas deixou todos um tanto assustados ao dizer que, em rela��o � Valec, quem cuidava dos contratos eram o diretor-presidente, Jos� Francisco das Neves, e o pr�prio Valdemar.

A Valec, para o Minist�rio dos Transportes, tem quase o mesmo valor estrat�gico que a Petrobras para o Minist�rio de Minas e Energia. No governo Lula, o presidente da empresa, S�rgio Gabrielli, costumava despachar diretamente no Pal�cio do Planalto, sem passar pelo gabinete de Edison Lob�o. Jos� Francisco das Neves, o Juquinha, reportava-se diretamente a Valdemar, segundo apurou o Correio, embora aliados do secret�rio-geral do PR insistam que ele � afilhado do ex-presidente do BC, Henrique Meirelles. Pol�ticos que costumam frequentar o 26º andar da C�mara, onde ficam as salas do partido no Congresso nas quais Valdemar despacha diariamente, dizem que Neves era presen�a constante por ali, assim como alguns empres�rios.

Nascimento confirmou que ir� ao Congresso na semana que vem para dar sua explica��o
Comprar uma briga direta com Valdemar pode ser complicado para Nascimento. Na pr�tica, o secret�rio-geral do PR � quem comanda a legenda, a m�o-de-ferro. Todos os presidentes dos diret�rios regionais s�o provis�rios, podendo ser substitu�dos por mera “canetada”. Al�m disso, Valdemar sempre lembra, embora at� o momento n�o tenha usado esse expediente, que o Tribunal Superior Eleitoral autorizou a perda de mandato nos casos de desfilia��o partid�ria.

F�ria

Al�m disso, o PR transformou-se em uma m�quina partid�ria, com dois minutos no hor�rio eleitoral gratuito, seis senadores e uma coliga��o de 64 deputados na C�mara. Se a presidente Dilma Rousseff quiser tirar o Minist�rio dos Transportes do PR, ter� que, necessariamente, alojar a legenda em outra pasta. “O Valdemar at� aceitaria a substitui��o de Alfredo por um nome da bancada. Mas se ele perder o minist�rio, vai ficar furioso”, disse um integrante da bancada na C�mara.

Os deputados e senadores que estiveram com Alfredo na noite de segunda-feira encontraram um ministro abatido e preocupado. “N�o existe superfaturamento. Mas, sabe como �, aumenta uma estrada marginal, quando � �rea urbana, ou uma passarela de pedestres para cruzar a rodovia, ou mesmo um viaduto e o pre�o muda”, comentou o ministro com os aliados. “De mais a mais, os or�amentos s�o submetidos ao Minist�rio do Planejamento, que libera os limites (de gastos)”, completou ele, esfor�ando-se para mostrar que sempre agiu dentro da legalidade.

Estrat�gia

Nascimento disse ainda aos parlamentares do PR que n�o ter� o menor problema em expor esses dados aos congressistas, seja na C�mara, seja no Senado. O convite para uma audi�ncia conjunta na C�mara ser� votado nesta quarta-feira na Comiss�o de Ci�ncia e Tecnologia da Casa. No Senado, o convite j� foi aprovado e a audi�ncia, marcada para a ter�a-feira, 12 de julho. As datas dos depoimentos foram escolhidas por uma quest�o estrat�gica, para dar tempo ao ministro de rever o discurso caso as revistas semanais tragam novidades sobre o caso no fim de semana.

Esse prazo ser� ainda crucial para que o PR tente construir um cintur�o de apoio no Congresso. Ontem, no almo�o que reuniu os l�deres partid�rios e do governo na casa do petebista Jovair Arantes (GO), o l�der do PR, Lincoln Portela (MG), e o deputado Luciano Castro (PR-RR) pediram que os demais partidos da base governista sejam solid�rios ao ministro na semana que vem.

A ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, participou do encontro, mas o caso foi tratado antes de ela chegar. A ministra vai acompanhar de perto os desdobramentos da crise no Congresso. Todos se mostraram solid�rios a Nascimento: “O ministro sempre foi da maior corre��o”, comentou o l�der do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). “Da nossa parte n�o haver� problemas”, completou o l�der do PT, Paulo Teixeira (SP). (Colaborou D�bora �lvares)


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