O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) empregou at� essa quinta-feira a filha de Oswaldo de Almeida Sim�es J�nior, superintendente de Administra��o da Valec, empresa estatal que cuida de ferrovias. Patr�cia Merola Sim�es era funcion�ria terceirizada e, segundo o Dnit, foi retirada do �rg�o, o que ocorreu ap�s o jornal O Estado de S. Paulo pedir informa��es sobre o caso.
Patr�cia era secret�ria na assessoria parlamentar do �rg�o, onde segundo o pr�prio Dnit, “atendia telefonemas e recebia pessoas”. Ela assessorava o irm�o do senador Magno Malta (PR-ES) Maur�cio Pereira Malta, que chefia a assessoria parlamentar da autarquia. Em um primeiro contato com a reportagem, na quarta-feira, a assessoria de comunica��o do Dnit tratou Patr�cia Sim�es como funcion�ria do �rg�o.
“Patr�cia Merola Sim�es trabalha como secret�ria na assessoria parlamentar, onde atende telefonemas e recebe as pessoas. � funcion�ria terceirizada, de n�vel m�dio, com um sal�rio bruto de R$ 1.800”, informou ent�o a comunica��o social do �rg�o.
Ontem, no entanto, a informa��o era outra. Alertada pela reportagem de que duas den�ncias de nepotismo cruzado haviam sido encaminhadas � ouvidoria do Dnit, a autarquia afirmou que a ouvidora “terminou nesta semana uma sindic�ncia iniciada h� 30 dias e recomendou � Diretoria de Administra��o e Finan�as a devolu��o da funcion�ria � empresa, o que j� foi feito”.
Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, Patr�cia estava na assessoria parlamentar do Dnit havia pelo menos tr�s anos - como ela era funcion�ria terceirizada, n�o � poss�vel confirmar a informa��o no Portal da Transpar�ncia do governo federal, que mostra apenas as datas de contrata��o de funcion�rios concursados e em cargos de confian�a.
Oswaldo de Almeida Sim�es, pai de Patr�cia, � superintendente de administra��o da Valec desde setembro de 2005, aliado de Mauro Barbosa, diretor-geral do Dnit afastado e exonerado do cargo ap�s a revela��o de esquemas de cobran�a de propina no �rg�o. Procurada, a Valec n�o se manifestou sobre o caso. A reportagem n�o conseguiu contatar Oswaldo de Almeida Sim�es J�nior e Patr�cia Sim�es para comentarem o assunto.