O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer (PMDB), minimizou nesta quarta-feira as declara��es do ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), que revelou ter votado no tucano Jos� Serra para a sucess�o presidencial de 2010, e n�o na presidente Dilma Rousseff. De acordo com Temer, a revela��o n�o coloca em risco o cargo de Jobim. "A franqueza dele n�o altera a posi��o no governo", afirma.

O peemedebista lembrou a divis�o interna do partido durante a campanha presidencial do ano passado. Em alguns estados, como S�o Paulo, o PMDB apoiou o candidato do PSDB e, em outros, como no Rio de Janeiro, esteve no palanque de Dilma. "Nem todos os peemedebistas votaram na chapa", disse. Segundo Temer, a import�ncia de Jobim no governo supera o fato de ele ter votado contra a orienta��o do PMDB nacional. "A grande maioria votou na chapa Dilma-Temer. Outros tiveram dificuldades, mas foram compreendidos", afirmou.
Superada as diverg�ncias internas, o vice-presidente disse que o PMDB vive agora um momento diferente da �poca do ex-governador Orestes Qu�rcia, um dos l�deres peemedebistas que mais resistiu � coliga��o com o PT de Dilma Rousseff. "Hoje o PMDB � um partido unid�ssimo."
'Faxina' no governo
Indagado se a "faxina" realizada no Minist�rio dos Transportes poderia se estender a outros minist�rios, inclusive os da cota do PMDB, Temer seguiu na mesma linha da presidente Dilma Rousseff. "Todos os partidos t�m de se submeter aos regimes normais de controle porque o governo tem de prestar contas � sociedade brasileira. A fiscaliza��o h� de ser normal a todos os partidos que integram o governo."
De acordo com ele, n�o est� descartada a possibilidade de haver novas mudan�as no Minist�rio dos Transportes. "Evidentemente que o ministro (Paulo S�rgio Passos) continuar� verificando se houve desajustamentos l� e, se houver desajustamentos, tomar� as provid�ncias", disse. No entanto, Temer acredita que as principais mudan�as j� foram feitas. "Acho que, a essa altura, � retomar o rumo normal do Minist�rio dos Transportes."