Defendida pela comiss�o que prepara a reforma do estatuto do PT, a ideia de restringir as pr�vias para a escolha dos concorrentes a prefeito, governador e presidente divide o partido. Dirigentes petistas acreditam que � preciso conter as disputas internas e "monitorar" o confronto onde o PT � governo, mas pr�-candidatos �s elei��es municipais de 2012 temem ver o direito cerceado.
"O PT n�o pode ser o PSDB, que s� decide o candidato em reuni�o de caciques tomando vinho, mas tamb�m n�o pode continuar como hoje, em que qualquer um vai l� disputar e as pessoas ficam se matando", afirmou Vargas. "Hoje em dia, pr�via virou uma competi��o de egos, mas as vaidades devem ser postas de lado porque os preju�zos podem ser grandes para n�s, que governamos o Brasil".
Carvalho disse concordar com propostas da comiss�o que debate a reforma do estatuto do PT, aumentando as exig�ncias para a realiza��o de pr�vias. "Sou favor�vel. No caso de S�o Paulo, acho que o PT deve ter maturidade para chegar a um entendimento" comentou. Na capital paulista s�o pr�-candidatos o ministro Fernando Haddad (Educa��o), os senadores Marta Suplicy e Eduardo Suplicy e os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini.
Coordenada pelo deputado Ricardo Berzoini (SP), a comiss�o do PT preparou um anteprojeto de reforma do estatuto que passar� pelo crivo do 4º Congresso do partido, de 2 a 4 de setembro, em Bras�lia. O texto � preliminar e pode receber emendas, mas j� indica o caminho defendido pela c�pula petista, com apoio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Diz o anteprojeto a ser votado pelo 4º Congresso do PT que o diret�rio da sigla poder� decidir n�o realizar pr�vias, desde que tenha o aval de dois ter�os de seus integrantes. Nesse caso, a escolha do candidato ocorrer� em encontro de delegados. N�o � s� isso: para se habilitar � disputa, o pr�-candidato dever� conseguir o apoio de 30% dos delegados ou 20% dos filiados, o dobro do exigido atualmente.