O presidente do PT em Minas Gerais, deputado federal Reginaldo Lopes, afirmou nesta sexta-feira que limitar ao uso de pr�vias para a escolha de candidatos a prefeito, governo e presidente, vai contra a hist�ria do partido. Ele admintiu , no entanto, que a mudan�a vai depender da vontade da "maioria pol�tica" da legenda, que tem interesse em alterar o estatuto do partido nesse sentido.
"Entendo que o processo de escolha de candidatos n�o pode ser o mesmo que existia h� 30 anos, j� que a realidade mudou. Mas o PT n�o pode ir contra sua tradi��o de buscar a unidade dentro da diversidade", reiterou o deputado.
O secret�rio-geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, defende a reforma, dizendo que, em cidades como S�o Paulo, a realiza��o de pr�vias seria "um desastre". Internamente, o PT j� conta com pelo menso quatro nomes que teriam se mostrado dispostos � pr�-candidatura - Marta Suplicy, Eduardo Suplicy, Jilmar Tatto e Carlos Zarattini. J� o ex-presidente Lula defende que o PT abra m�o da cabe�a de chapa em uma alian�a com o PMDB, tendo o nome do ministro da Educa��o, Fernando Haddad, como candidato.
Coordenada pelo deputado Ricardo Berzoini (SP), a comiss�o preparou um anteprojeto de reforma do estatuto que ser� debatido no 4.º Congresso da sigla, em setembro. O texto � preliminar e pode receber emendas, mas j� indica o caminho defendido pela c�pula petista, com apoio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
O presidente PT mineiro, Reginaldo Lopes, lembra que a orienta��o deve seguir a "maioria pol�tica" do partido, ou seja, do grupo que tem mais for�a internamente, que n�o coincide necessariamente com a "maioria num�rica" dos filiados. "� �bvio que � sempre melhor que as duas (maioria pol�tica e maioria num�rica) coincidam. Mas isso n�o acontece", afirma. (com ag�ncias)