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Estado de Minas

Fantasma da CPI bate � porta do governo

Discurso de ex-ministro no Senado acirra �nimos e leva oposi��o e Planalto a travar guerra em torno de assinaturas para cria��o de comiss�o destinada a apurar den�ncias nos Transportes


postado em 03/08/2011 06:00 / atualizado em 03/08/2011 08:20

Senadores e deputados ouvem o discurso do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento que alimentou a insatisfação de governistas e facilitou o caminho para a oposição (foto: Paulo de Araújo/CB/D.A Press - 2/8/11)
Senadores e deputados ouvem o discurso do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento que alimentou a insatisfa��o de governistas e facilitou o caminho para a oposi��o (foto: Paulo de Ara�jo/CB/D.A Press - 2/8/11)


Bras�lia – O Congresso mal voltou do recesso e j� imp�e dificuldades para o Pal�cio do Planalto. Embalada pelo discurso contundente e magoado do ex-ministro dos Transportes e atual senador Alfredo Nascimento (PR-AM), em que afirmou que seu partido n�o � lixo, a oposi��o chegou a obter nessa ter�a-feira as 27 assinaturas necess�rias para instalar a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) dos Transportes no Senado. Pesou tamb�m a insatisfa��o de parte da base com o governo federal: quatro dissidentes do PMDB, al�m de tr�s senadores do PDT e dois do PP, apoiaram o requerimento. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) anunciou a obten��o das assinaturas no plen�rio � tarde, provocando a imediata mobiliza��o do governo. � noite, o senador Jo�o Durval (PDT-BA), que integra a base governista, retirou a ades�o ao requerimento. O fantasma da CPI, entretanto, continuava a rondar o Planalto, com a oposi��o em busca de uma nova assinatura, e o governo, na defesa, tentando convencer mais parlamentares a retirarem suas assinaturas do documento. Para criar uma CPI � necess�rio o apoio de um ter�o dos senadores, que s�o 81 no total.

T�o logo Alvaro Dias come�ou a anunciar a obten��o das assinaturas � tarde, uma reuni�o informal foi realizada no cafezinho do Senado. Preocupados, os l�deres do PMDB, Renan Calheiros (AL); do PT, Humberto Costa (PE); do governo, Romero Juc� (PMDB-RR); e o senador Benedito de Lira (PP-AL) tentavam tra�ar estrat�gias para anular a derrota do Planalto. "Uma CPI nunca � boa para o governo", admitiu Juc�. Renan disse que era preciso ver quantas assinaturas existiam, se a CPI tinha fato determinado e como estava o requerimento. "J� tivemos muitas CPIs aqui no Congresso que n�o chegaram a lugar nenhum. Esse instrumento foi completamente banalizado nos �ltimos anos", ressaltou o peemedebista.

Mas as cr�ticas ao passado n�o ajudaram a situa��o presente. No PMDB, os quatro dissidentes – Roberto Requi�o (PR), Pedro Simon (RS), Ricardo Ferra�o (ES) e Jarbas Vasconcelos (PE) – apoiaram a cria��o da comiss�o. "Houve uma orienta��o clara � bancada para que n�o assinasse a CPI. Eu conversei hoje, pessoalmente, com o Ferra�o", completou Renan. Ele saiu com essa miss�o ap�s um almo�o da c�pula do partido com o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer. "S�o os mesmos quatro que assinaram a CPI do caso Palocci", acrescentou Renan.

O senador Benedito de Lira espera que o retorno nesta quarta-feira do l�der do partido na Casa e presidente da legenda, Francisco Dornelles (RJ), consiga mudar o voto dos pepistas. Sobre os dissidentes, Lira admite que a senadora Ana Am�lia (RS) sempre teve uma postura independente em rela��o � sigla e pouco falou de Redit�rio Cassol (RO), pai do senador licenciado Ivo Cassol: "Eu o conhe�o pouco".

Aposta na rea��o negativa de aliados

Com a coleta das assinaturas, Alvaro Dias estava exultante. O movimento do PSDB e do DEM no plen�rio durante o discurso de Alfredo Nascimento – al�m dos senadores, havia a presen�a de deputados de ambos os partidos – indicava que a oposi��o apostava suas fichas no estrago que o pronunciamento do ex-ministro dos Transportes poderia fazer. "Conseguimos as assinaturas porque h� um espa�o de insatisfa��o dentro da base aliada. Existe um modelo de corrup��o no governo e essa CPI ser� importante para desmontar essa estrutura", declarou Alvaro.

O tucano tentou, mas n�o conseguiu, que o pr�prio Nascimento assinasse a CPI. "� a sua chance, senador Alfredo. O senhor concordou em ser investigado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, apoie a CPI aqui no Senado!" Alfredo n�o se comoveu com a abordagem do colega. "Eu dei a autoriza��o para me investigar. Por acaso a sua investiga��o � melhor do que a da PGR?", rebateu Nascimento.


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