A base aliada do governo na C�mara continua rebelada e obstrui as vota��es desde ontem. Hoje, � exce��o do PSOL, todos os partidos aliados e de oposi��o entraram em obstru��o no plen�rio da C�mara. A iniciativa impediu a vota��o do projeto de decreto legislativo que aprova o texto do tratado de extradi��o entre o Brasil e a China. Por conta disso, a sess�o teve que ser encerrada.
O l�der do governo na C�mara, C�ndido Vaccarezza (PT-SP), avaliou que alguns fatores tem despertado a insatisfa��o dos aliados, como a demora na libera��o de emendas parlamentares, o desconforto por acharem que o governo n�o valoriza a C�mara, e a maneira como a Pol�cia Federal atuou no Minist�rio do Turismo, ao prender ontem mais de 30 pessoas envolvidas em den�ncias de fraudes. Ele tamb�m citou a resist�ncia ao conte�do da Medida Provis�ria (MP) 532, que estava em vota��o. A MP atribui � Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) a fiscaliza��o e regulamenta��o do setor produtivo de etanol.
Crise
Apesar dos fatores, Vaccarezza minimizou a crise entre o governo e a base parlamentar que culminou na obstru��o das vota��es na C�mara. Ele afirmou que, ontem, houve um estresse na base por uma conjun��o de fatores e que em torno de 150 deputados aliados n�o estavam dispostos a votar nada. Por isso, ele achou melhor n�o for�ar a vota��o da MP 532. "Na pr�xima ter�a-feira, n�s vamos votar a MP. Essa conjun��o de fatores j� se diluiu", disse.
Vaccarezza, no entanto, disse que n�o houve nenhuma a��o objetiva que o governo tenha tomado para desfazer esse estresse. Segundo ele, o governo apresentar� o calend�rio de libera��o de emendas no momento oportuno e acrescentou que as emendas compat�veis com os programas do governo est�o sendo liberadas. "Ontem, o que detonou foi o clima", disse, referindo-se ao movimento da base de n�o querer votar nada. "Esse clima pode se repetir a qualquer momento. Quando acontecer, vamos avaliar", continuou.
Vaccarezza ainda fez v�rios elogios � base aliada, afirmando que nunca um presidente, nem mesmo Lula, teve uma situa��o de tanta tranquilidade com a base como a presidente Dilma Rousseff. "N�o teve nenhum presidente da Rep�blica com a base t�o leal como a da presidente. Por isso, n�o ter votado ontem n�o altera nada". Na sua avalia��o, a base ontem quis dar uma demonstra��o de for�a.