Uma contabilidade paralela foi montada pelas empresas envolvidas na fraude com recursos do Minist�rio do Turismo para mascarar o real destino do dinheiro de conv�nios com o Estado do Amap� e facilitar, segundo as investiga��es, o tr�nsito do dinheiro: a conta da deputada F�tima Pelaes (PMDB-AP). Em depoimentos prestados ao Minist�rio P�blico e entrevistas ao Estado, acusados de envolvimento no esquema revelaram detalhes da opera��o e afirmaram que a deputada pode ter recebido mais de R$ 1,5 milh�o.
Nessa estrat�gia de disfar�ar o destino do dinheiro desviado, um dos suspeitos revela ter assinado 60 cheques em branco em nome da Conectur, cooperativa fantasma subcontratada pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustent�vel (Ibrasi), piv� do esquema, que se beneficiava dos recursos do Minist�rio do Turismo.
As opera��es, incluindo seus detalhes, eram do conhecimento da deputada, conforme revelam conversas telef�nicas gravadas pela Pol�cia Federal com autoriza��o da Justi�a. Em uma grava��o, Maria Helena Necchi, diretora t�cnica do Ibrasi, diz que viajaria para Bras�lia para se reunir com F�tima. “Falei com ela que eu t� (sic) indo para falar com a deputada a hist�ria do conv�nio 2”, afirmou Maria Helena, em liga��o de 1º de maio. Na conversa com uma filha, Maria Helena afirma que n�o contaria para a outra filha que o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) j� estava investigando esses conv�nios. “(Ela) sabe tamb�m que a deputada, por conta dessa hist�ria da Veja, est� preocupada em dar continuidade.”