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Estado de Minas

Trabalhadores rurais tentam reuni�o com Dilma para tratar de reforma agr�ria


postado em 22/08/2011 16:42 / atualizado em 22/08/2011 17:02

Bras�lia – Lideran�as de trabalhadores rurais v�o acampar em Bras�lia, onde querem reunir-se com a presidenta Dilma Rousseff para tratar de quest�es como o assentamento de fam�lias, reforma agr�ria e pol�tica de cr�dito. Os trabalhadores fazem parte do Acampamento Nacional, organizado pela Via Campesina e por movimentos rurais que integram a organiza��o como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Cerca de 4 mil fam�lias de trabalhadores rurais chegam nesta segunda � capital e ficar�o acampadas no estacionamento do Gin�sio Nilson Nelson por tempo indeterminado.

O coordenador do MST, Valdir Misnerovicz, disse que os movimentos est�o esperando a confirma��o da audi�ncia. “Temos tido boas reuni�es com o governo. A quest�o � que o di�logo n�o tem sido traduzido em a��o. Essa � nossa insatisfa��o, essa � nossa indigna��o. O governo precisa transformar o di�logo em a��o concreta para resolver”, disse.

Segundo Misnerovicz, os trabalhadores defendem mais recursos para a reforma agr�ria e que o dinheiro liberado para obten��o de terras destinadas a assentamentos j� foi todo usado. “Este ano foram destinados mais de R$ 500 milh�es para obten��o de terras e j� foram empenhados. Reconhecemos que isso � importante, mas esses recursos representam 10% da nossa demanda. Esse valor resolve o problema de 10% das fam�lias acampadas”.

Misnerovicz informou que seriam necess�rios R$ 1,5 bilh�o para assentar as fam�lias acampadas. De acordo com o Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra), 180 mil fam�lias est�o acampadas pelo pa�s e precisam ser atendidas emergencialmente.

J� o l�der do MST alega que, em oito meses de governo, n�o houve nenhuma desapropria��o de terra e havia, at� recentemente, mais de 100 processos de assentamento na Casa Civil da Presid�ncia da Rep�blica que foram devolvidos para o Incra

Outro problema apontado por Misnerovicz foi a quest�o das d�vidas de agricultores familiares. Ele informou que h� R$ 12 bilh�es em d�vidas que precisam ser negociados emergencialmente para que os agricultores n�o fiquem impedidos de fazer novos financiamentos. “O governo disponibilizou R$ 16 milh�es para a agricultura familiar, mas h� uma parte desses agricultores que tem d�vidas e, se isso n�o for resolvido, eles ficar�o sem acesso a esse dinheiro. Tem o recurso, mas ele n�o pode ser acessado.”

A coordenadora da Via Campesina, Ros�ngela Piovezani, disse que os movimentos rurais tamb�m v�o pedir a presidenta que seja mantido o atual C�digo Florestal. "Flexibilizar [�reas de prote��o permanente] APP e �rea de reserva legal � um atentado � natureza e a nosso planeta. Para produzir comida, os camponeses n�o precisam de redu��o de APP e nem de reserva legal”, disse.

De acordo com ela, os movimentos de trabalhadores rurais v�o pedir o cancelamento das obras da Usina Hidrel�trica de Belo Monte e de outros projetos de infraestrutura do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), que, na opini�o deles, n�o v�o trazer benef�cios � popula��o. “Belo Monte vai atingir uma grande regi�o e vai tirar n�o s� os animais, mas povos ribeirinhos, povos ind�genas e quilombolas. � uma �rea muito grande que vai ser atingida e n�o vai trazer benef�cios para a popula��o”.

Amanh� (23), os trabalhadores far�o uma vig�lia em frente ao Congresso Nacional, a partir das 19h, para pressionar os parlamentares e o governo quanto �s suas reivindica��es. Tamb�m est� programado para o mesmo dia o lan�amento do filme O veneno est� na mesa, do cineasta Silvio Tendler, que ser� exibido no acampamento dos trabalhadores em Bras�lia.

Os trabalhadores rurais programaram para quarta-feira (24) uma manifesta��o na Esplanada dos Minist�rios.


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