A Comiss�o de Infraestrutura do Senado aprovou nesta ter�a os indicados para assumir a dire��o do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), um dos primeiros alvos da "faxina" contra a corrup��o deflagrada pela presidente Dilma Rousseff. Com 18 votos - numa comiss�o integrada por 23 senadores - o general Jorge Pinto Fraxe foi aprovado para a diretoria-geral do Dnit, e o engenheiro Tarc�sio Gomes de Freitas para a diretoria-executiva. Nenhum senador votou contra as indica��es, que ainda ser�o submetidas ao plen�rio do Senado.
A objetividade e a veem�ncia do general impressionaram os senadores. Em sabatina que durou mais de tr�s horas, Fraxe comprometeu-se a buscar "transpar�ncia e corre��o" para conduzir o Dnit. Pediu um prazo m�nimo de seis meses para identificar os principais problemas e pend�ncias e implantar as mudan�as na engenharia administrativa do Dnit, que em 2011 tem or�amento previsto de R$ 14 bilh�es.
De in�cio, ele afirmou que os superintendentes regionais do �rg�o n�o s�o autoridades que devem ficar presas em seus escrit�rios. A maioria dos dirigentes dos 23 Dnits regionais s�o fruto de indica��es pol�ticas. Fraxe afirmou que far� mudan�as, se necess�rio, e exigir� que eles atuem como verdadeiros fiscais e visitem os canteiros de obras pessoalmente. Segundo Fraxe, somente se controlam os projetos com as ferramentas gerenciais e a presen�a do gerente no canteiro da obra. "Vou buscar de forma obstinada e ideal o perfil dos superintendentes", prometeu.
Quanto ao uso abusivo de aditivos contratuais nos projetos conduzidos pelo Dnit, o general reconheceu o problema e comprometeu-se a solucion�-lo. "N�o podemos banalizar, mas tamb�m n�o podemos demonizar os aditivos", justificou. Ele lembrou que nem sempre os aditivos dizem respeito ao aumento do pre�o da obra, podem tratar de amplia��o do prazo ou mudan�as no projeto.
O senador Blairo Maggi (PR-MT), que havia indicado Pagot para o cargo, adotou um discurso conciliat�rio. Cumprimentou o general, desejou-lhe sucesso diante do novo desafio. Maggi fez um apelo para que n�o deixe em segundo plano o Mato Grosso e d� aten��o especial �s obras da BR 163, que ligar� o Estado ao Par�, at� o Porto de Santar�m, cuidando do escoamento da produ��o de gr�os.