
A postura mais enf�tica do ex-presidente ocorre ap�s o tucano ter elogiado, nos bastidores, o combate feito pela petista contra a corrup��o, o que causou desconforto entre lideran�as do PSDB, as quais vem defendendo a cria��o de uma CPI para investigar as den�ncias envolvendo a m�quina p�blica. "Ao dizer que n�o � suficiente, n�o � se posicionar contra, � querer mais, e eu acho que est� certo", afirmou. O tucano ressaltou que a corrup��o est� tomando um aspecto complicado no Brasil, um "aspecto sist�mico".
"O que parece � que n�o se consegue exercer o poder sem a corrup��o", criticou. O ex-presidente ressaltou que as irregularidades no setor p�blico afetam a efici�ncia do governo federal e que uma das possibilidades de solucionar esse quadro � "frear a torneira de nomea��es". Ele afirmou ainda que, quando esteve no comando do Pal�cio do Planalto, procurou fazer nomea��es mais t�cnicas para pastas consideradas estrat�gicas. "Com a popularidade que tinha, o ex-presidente Lula poderia ter feito alguma coisa, mas ele se acomodou no sistema", criticou. "A presidente est� tentando ver se freia e, talvez, o passo inicial seja mesmo realizar uma profissionaliza��o dos funcion�rios", defendeu.
O tucano disse ainda que o combate � corrup��o � uma tarefa de todos e aprovou a cria��o de uma frente anticorrup��o no Congresso, que conta com a participa��o de senadores e de entidades da sociedade civil contr�rias �s irregularidades na administra��o p�blica. "Esse � um problema da sociedade, n�o de partido, tentar acabar com a corrup��o sist�mica, que na verdade foi consolidada no governo anterior", criticou.
Rea��o
O ex-presidente minimizou a rea��o de membros do PSDB e do PT sobre sua aproxima��o com a presidente Dilma Rousseff, em evento promovido no Pal�cio dos Bandeirantes, na semana passada. Na solenidade, o tucano sentou-se ao lado da petista e, ap�s a cerim�nia, almo�ou com a presidente.
"A essa altura da vida despertar ci�mes de algu�m?", questionou. "Isso � conversa. A rela��o com a presidente � de respeito m�tuo civilizada, como tem de ser", afirmou. O ex-presidente participou hoje do Vision 2011, promovido pela Serasa Experian, na capital paulista. Ele chegou ao local por volta das 13 horas e, antes de ministrar aula magna, almo�ou com um grupo de cerca de 25 empres�rios.
Na reuni�o, fechada � imprensa, o ex-presidente teria, segundo os presentes, dado mostras de que est� aprovando a atua��o do governo federal e sinalizou que a presidente Dilma Rousseff tem se mostrado mais incomodada com a partidariza��o da m�quina p�blica do que seu antecessor. O tucano tamb�m teria dito, de acordo com empres�rios, que os efeitos da crise financeira internacional ainda n�o chegaram de fato ao Brasil e que espera que seus danos n�o sobrem para os pa�ses mais pobres.