Ao conseguir ser “demitida” de um cargo p�blico, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, recebeu pelo menos R$ 145 mil. Em 29 de mar�o de 2006, ela foi “exonerada” do cargo da diretoria financeira de Itaipu Binacional. S� que a ministra saiu da fun��o na �poca porque quis: ela saiu candidata ao Senado naquele ano, mas n�o foi eleita.
Por meio de um acordo com o comando de Itaipu, Gleisi trocou a “exonera��o a pedido”, o que de fato ocorreu, pela “exonera��o”, ou seja, demiss�o. Com isso, recebeu, al�m de f�rias proporcionais, entre outros, os 40% de indeniza��o sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Servi�o (FGTS), al�m de poder sacar o pr�prio FGTS.
A assessoria da ministra confirmou que ela recebeu a multa de 40% relativa ao FGTS no valor de R$ 41.829,79. Foi informado ainda que ela sacou o fundo, mas Gleisi se recusou a revelar o valor. Pelo c�lculo em cima dos 40%, a ministra teria pelo menos R$ 104 mil de FGTS. Ou seja, o “acerto” com Itaipu rendeu a ela cerca de R$ 145 mil em 2006.
A exonera��o de Itaipu foi publicada no Di�rio Oficial da Uni�o no dia 29 de mar�o de 2006, dois dias antes do prazo final de desincompatibiliza��o. O dinheiro entrou na conta de Gleisi quando ela j� era pr�-candidata ao Senado, mas sua assessoria nega que o recurso tenha sido investido para esse fim. A ministra tamb�m n�o quis explicar por que n�o pediu a exonera��o. Quando deixou Itaipu, sua remunera��o bruta era de R$ 31 mil. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.