Oito meses de administra��o Dilma Rousseff depois, o PMDB concluiu que o sonho da vice-presid�ncia - um passaporte para ingressar no futuro governo maior do que sa�ra da Era Lula e disputar de igual para igual com o PT - virou pesadelo. Al�m de perder espa�o no minist�rio, o partido luta para n�o ser subjugado por petistas no Congresso e nas urnas de 2012, assombrado com a perspectiva de encolher nas elei��es municipais.
Os peemedebistas comandam hoje apenas cinco minist�rios, enquanto o PT acumulou mais poder com 17 ministros e pastas de alta relev�ncia pol�tica, como Sa�de e Comunica��es - antes na cota do PMDB.
“Mas n�o adianta chorar o leite derramado. O partido virou esta p�gina”, conforma-se o l�der do PMDB na C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), argumentando que o relacionamento com a presidente Dilma Rousseff tem melhorado.
“Esta preocupa��o existe na bancada e j� foi inclusive levada ao l�der e ao vice-presidente Michel Temer”, confirma o deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA). Em vez de fazer previs�es, contudo, ele diz que prefere “confiar na sensibilidade” da presidente Dilma, que tem prestigiado o PMDB e insistido na import�ncia da legenda para a governabilidade.
A experi�ncia da �ltima elei��o foi traum�tica para a regional baiana, que reclama ter sido tratada como advers�ria pelo ent�o presidente Lula, que s� pediu votos para o PT.
N�o por acaso, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), costuma dizer que as feridas nacionais levam um dia para cicatrizar, as estaduais precisam de uma semana e as locais n�o saram nunca. No caso baiano, a ferida local e irremedi�vel � com o PMDB dos irm�os Geddel e L�cio Vieira Lima.