A presidente da Confedera��o de Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA), senadora K�tia Abreu (sem partido-TO), disse nesta segunda-feira em S�o Paulo acreditar que o projeto de reforma do C�digo Florestal ser� votado at� o fim de outubro pelo Senado, com grandes chances de aprova��o do relat�rio do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).
Segunda ela, as mudan�as propostas pelo senador teriam esclarecido pontos pol�micos e que levantavam d�vidas e preocupavam a presidente Dilma Rousseff. Entre as mudan�as, ela cita o caput do artigo 8 da emenda 164, que regulamenta as atividades nas margens dos rios. "Realmente n�o estava transcrito no texto a verdadeira inten��o dos parlamentares, que era apenas consolidar a atividade j� feita hoje nas margens dos rios. No formato em que foi escrito ainda havia d�vidas de que novas �reas poderiam ser desmatadas nas beiras dos rios e n�s n�o queremos isso", afirmou durante o Feed 2011, evento promovido pela CNA na capital paulista.
Na avalia��o dela, a altera��o proposta por Luiz Henrique deixou claro que apenas as atividades j� em curso ser�o mantidas mas, ainda assim, condicionadas a uma fiscaliza��o dos �rg�os competentes. "Se for para clarificar a verdadeira inten��o dos parlamentares e do setor agropecu�rio brasileiro n�s n�o temos nada a nos opor. O texto de Luiz Henrique ficou bastante claro, interessante e vai tranquilizar o governo federal".
A senadora elogiou tamb�m a ideia sugerida pelo senador de restringir ao Congresso e � Presid�ncia da Rep�blica a compet�ncia de regulamentar os 33 pontos do C�digo Florestal. "Com todo o respeito aos �rg�os ambientais, n�s sabemos que as ONGs (organiza��es n�o governamentais) capturaram esse �rg�os. Com as mudan�as propostas por Luiz Henrique n�s n�o ficaremos ref�ns como somos at� hoje apenas dos �rg�os de meio ambiente", disse a senadora, para quem essas institui��es "est�o impregnadas de ambientalistas". "Eles podem at� ter boas inten��es mas querem olhar apenas um lado do Pa�s. Um minist�rio e um �rg�o p�blico devem ser republicanos e devem ver o interesse de todos".
Ainda em rela��o ao relat�rio de Luiz Henrique, K�tia Abreu elogiou a inclus�o de fundo para remunerar os agricultores que preservarem as florestas e os biomas na forma original. "Aqueles que est�o mantendo suas florestas devem ser remunerados como se estivessem desmatando e plantando milho ou fazendo pecu�ria", defendeu.