A senadora Marta Suplicy (PT) afirmou nesta segunda-feira n�o ter nenhuma d�vida de que seu nome � o mais forte de seu partido na disputa pela Prefeitura de S�o Paulo. "Fui para o segundo turno em todas (as elei��es municipais) que disputei. Perdi as duas �ltimas, mas s�o situa��es de conjuntura", avaliou. "Eu n�o vejo a minha pr�-candidatura esmorecer, eu vejo minha candidatura forte", disse ainda.
Marta comentou novamente a situa��o envolvendo o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que defende que o ministro da Educa��o, Fernando Haddad, seja o candidato do PT em S�o Paulo. Voltou a negar que exista conflito entre eles. ”O Lula � muito cordial. O Lula deixa sempre uma porta aberta nas conversas. Ele est� se empenhando por um nome novo”, disse.
Segundo ela, “� uma caracter�stica do Lula pensar e propor a��es �s vezes d�o certo, �s vezes n�o d�o. E � bom ter um l�der que consegue propor a��es que o partido pode aceitar ou n�o aceitar, mas � algu�m que est� sempre pensando. E que sempre est� inovando, est� tentando buscar solu��es e isso um partido que n�o tem lideran�as desse porte n�o caminha”.
Marta admitiu que o apoio de Lula influencia na decis�o do partido. “A posi��o do Lula sempre influi, porque o Lula � o grande l�der do partido. Claro que influi. Mas a gente tem que deixar o processo acontecer, o processo � soberano, e a conjuntura determina. Tem que esperar, tem que ter paci�ncia”. A senadora lembrou ainda a amizade que mant�m com o ex-presidente. “Na vida real, o conflito n�o existe, existe uma amizade muito s�lida, de antes da funda��o do PT”, declarou.
Sobre pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, em que ela aparece em todos os cen�rios com cerca de 30% das inten��es de voto na disputa pela Prefeitura, contra 2% de Haddad, a senadora avaliou que n�o se trata de recall por ter participado de outras elei��es. “Acho que a nossa aprova��o n�o � advinda de um recall de ter participado de elei��o. � advinda de obra feita na cidade e isso � muito forte. Voc� tem marca e tem gente que tem coisas no seu cotidiano que s�o da nossa gest�o”, disse. Marta comemorou ter um “�ndice consolidado” e avaliou que tanto ela como Haddad podem crescer com uma boa campanha.
Marta, que participa em S�o Paulo do semin�rio Brasil Metropolitano, parceria entre ela e a Universidade Mackenzie, negou qualquer interesse eleitoral no evento. “Tudo que eu fizer pode ser interpretado do mesmo jeito”, afirmou. Segundo ela, trata-se de um trabalho como senadora, que surgiu da experi�ncia como prefeita. “� muito dif�cil voc� administrar uma capital como S�o Paulo, que � uma metr�pole gigantesca”, acrescentou.
De acordo com ela, h� dificuldades de saber o que � responsabilidade de cada um dentro de uma metr�pole, o que dificulta resolver quest�es como transporte, lixo e seguran�a. “Ent�o como senadora eu estava acalentando h� muito essa ideia de propor algo nessa dire��o. Seja projeto de lei, seja uma PEC, mas tem muitas d�vidas sobre o que fazer, qual � a melhor proposta. Ent�o, quando voc� tem d�vidas, o melhor � ouvir as pessoas que mais entendem, que mais estudam, e n�s temos muita gente que estuda isso no Brasil”, explicou.