A defini��o do candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) � disputa pela Prefeitura da cidade de S�o Paulo nas elei��es do pr�ximo ano segue em "clima de unidade", avaliou neste domingo o pr�-candidato e ministro da Educa��o, Fernando Haddad. "O processo est� andando muito bem, com os pr�-candidatos se apresentando em clima de unidade. Penso que � um dos melhores processos (de pr�vias do PT) que j� testemunhei", afirmou o ministro, ap�s participar de encontros com correligion�rios no diret�rio nacional do partido, em S�o Paulo.
Em discurso durante o encontro, Haddad disse que as propostas do partido aos eleitores de S�o Paulo devem girar em torno de um projeto de futuro. "N�o queremos ganhar para ficar quatro anos. Precisamos apresentar uma vis�o de futuro, dizendo aos paulistanos o que iremos fazer pelos pr�ximos anos. Temos que mostrar como ser� S�o Paulo em 20 anos", afirmou. Ele afirmou que as a��es da gest�o p�blica da maior cidade do Pa�s devem manter uma "coer�ncia" com as iniciativas propostas em Bras�lia. "N�o vemos um alinhamento (da Prefeitura de S�o Paulo) com o governo Federal. Certas a��es (federais) n�o chegam a S�o Paulo" disse.
Segundo ele, a defini��o do PT por um candidato at� o dia 27 de novembro, quando est�o previstas as pr�vias, proporcionar� ao partido articular um melhor planejamento entre as diversas �reas da administra��o p�blica. Especialmente na sa�de, atividade da maioria dos petistas presentes ao encontro deste domingo, Haddad afirmou ser preciso um estreitamento das pol�ticas p�blicas com as sociais. "Precisamos de um plano que oriente o sistema de sa�de p�blico para o futuro." Mais cedo, o vereador petista Carlos Neder apresentou um estudo com as defici�ncia da sa�de por regi�es de S�o Paulo, com base em levantamento realizado pelo partido.
Sobre o apoio expl�cito do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva � sua candidatura, Haddad desconversou. "Procuramos nos apresentar a cada filiado do PT para que ele possa formar ju�zo sobre o candidato que deve representar nosso plano de governo para S�o Paulo", despistou, ressaltando novamente a unidade do partido em torno de uma candidatura ap�s as pr�vias. "O debate est� respeitoso, com todos os pr�-candidatos se apresentando em clima de cordialidade."
Questionado em rela��o � maior visibilidade eleitoral da pr�-candidata e atual senadora Marta Suplicy - que recebeu mais de oito milh�es de votos nas �ltimas elei��es, al�m de j� ter governado a cidade - na disputa pela indica��o do partido � Prefeitura paulistana, Haddad enfatizou que cada filiado "tem o direito de manifestar sua posi��o" em rela��o aos rumos do PT. Apoiadores da candidatura de Haddad dizem acreditar que um apelo da presidente Dilma Rousseff poderia levar Marta a desistir da pr�via.
O ministro minimizou ainda a possibilidade de abandono das pr�-candidaturas dos deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto a favor de Marta. "Qualquer que seja a decis�o dos demais pr�-candidatos, o nosso papel, primeiramente, � valorizar o papel de cada um at� aqui. Todos contribu�ram com a discuss�o interna e seja qual for a decis�o deles nos cabe respeitar."
Embora a candidatura de Haddad tenha o apoio de boa parte dos vereadores da bancada municipal e de correntes internas petistas Marta mant�m uma forte influ�ncia sobre a milit�ncia do partido. "� s� ir � periferia e ver a for�a dela", declarou o ex-ministro chefe da Casa Civil, Jos� Dirceu, na �ltima semana. Outro pr�-candidato � indica��o do partido � Prefeitura de S�o Paulo � o senador Eduardo Suplicy.