Um ano depois de conquistar 20 milh�es de votos e levar a elei��o presidencial para o segundo turno, Marina Silva est� sem partido e com a atua��o pol�tica restrita ao nicho do meio ambiente. Os temas, nas andan�as pelo pa�s, s�o recorrentes: o C�digo Florestal e a Confer�ncia Rio+20. Sem perspectiva de suporte partid�rio, ela e os amigos e aliados dizem que discutir novas formas de fazer pol�tica � mais relevante do que correr para montar um novo partido.
A ira apaixonada do momento � mesmo o C�digo Florestal, projeto em tramita��o no Senado que � execrado pela ex-ministra do governo Lula, ex-senadora e candidata derrotada � presid�ncia nas elei��es 2010.
Marina come�ou a semana passada com uma palestra na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal. Ao lado do senador e amigo Jorge Vianna (PT-AC), ela mostrou-se incr�dula em rela��o �s mudan�as prometidas no texto. "Vai ser preju�zo irrevers�vel para o Brasil se aprovar esse C�digo do jeito que foi votado na C�mara", vaticinou, na segunda-feira para uma plateia de cerca de 50 pessoas.
No dia seguinte, em S�o Paulo, ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, fez a mesma cr�tica em tom de s�plica pelas mudan�as no C�digo, quase uma ladainha. Lembrou que, entre o primeiro e o segundo turnos das elei��es, a ent�o presidenci�vel Dilma Rousseff "se comprometeu a vetar o perd�o para os desmatadores".
"Temos de ficar mobilizados para que Dilma tenha for�a pol�tica para vetar. A Rio+20 � nosso grande trunfo para ter um bom texto para o C�digo Florestal", conclamou Marina. J� o governo corre contra o tempo para aprovar tudo neste ano e se ver livre da press�o ambientalista exacerbada pela confer�ncia da ONU, em junho de 2012.
De olho na Rio+20, Confer�ncia das Na��es Unidas em Desenvolvimento Sustent�vel, a agenda de Marina prosseguiu, ao longo da semana passada, com palestras sobre o C�digo e sobre a Campanha da Fraternidade de 2011, da Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem como tema "Vida Plena no Planeta Terra".