Brasil e Turquia devem lutar contra a imobilidade do G-20, afirma Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira, em visita � Ancara, que o Brasil e a Turquia devem se articular na c�pula do G-20 - grupo que re�ne as 20 maiores economias do mundo -, para aumentar a participa��o dos pa�ses e lutar contra a “imobilidade pol�tica dos pa�ses desenvolvidos”. "Essas pol�ticas monet�rias excessivamente expansionistas t�m sido rem�dio privilegiado que as economias mais desenvolvidas t�m buscado nos �ltimos tempos e t�m como efeito secund�rio a valoriza��o artificial das nossas moedas”, disse, durante encontro com empres�rios.

Logo ap�s, Dilma se reuniu com o presidente turco Abdullah Gul e dirigiu � imprensa, tra�ando o que ela intitulou de “paralelelismo” entre o Brasil e a Turquia. Segundo a presidente, a visita da delega��o brasileira ao pa�s reflete “uma nova forma geopol�tica do mundo, pois ambos ocupam espa�o crescente no cen�rio internacional”. Para ela, a sociedade turca � um “ponto de interliga��o” entre o Brasil, a Europa e a �sia, com destaque para a proximidade em rela��o ao mundo �rabe. “Estamos construindo uma agenda de desenvolvimento econ�mico e devemos chegar a acordos birregionais de 2 bilh�es de d�lares at� 2011”, comentou.

Na �ltima d�cada, o com�rcio entre os dois pa�ses triplicou, com um salto de 60% desde 2009, ano em que o Brasil, sob o comando do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, visitou a Turquia pela primeira vez. Nesta sexta, Dilma observou ainda que a cria��o do voo direto entre Istambul e S�o Paulo, operada pela Turkish Airlines, que j� apresenta ocupa��o m�dia de 90%.

Outros pontos citados por Dilma foram a defesa de uma solu��o do conflito hist�rico entre os povos palestino e judeu, vis�o compartilhada pelo governo turco. “� uma quest�o crucial a solu��o da quest�o entre Palestina e Israel. Brasil e Turquia, no G-20, est�o em sintonia na defesa da harmonia, da paz, democracia e da rejei��o � xenofobia”, comentou.

Durante o dia, empres�rios brasileiros fechar�o acordos nas �reas de tecnologia, agricultura, energia, com�rcio exterior, defesa e ci�ncia, com destaque para a venda de produtos como soja, min�rio de ferro, algod�o, trigo, caf� e o rastreamento de patentes de rem�dios.