Piv� das acusa��es de venda de emendas na Assembleia, Roque Barbiere (PTB) n�o revelou ao Conselho de �tica nomes de deputados que estariam exercendo a pr�tica, mas confrontou o governo estadual no documento que enviou ao �rg�o e que foi lido nessa quinta-feira. Um dia antes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) cobrara Barbiere publicamente e apelara a seu “dever p�blico”.
“Por que ser� que o governo se manifesta com tanta veem�ncia se eu n�o os acusei, ainda, de fazer nada errado”, indagou o deputado petebista no documento. Barbiere tamb�m afirmou duvidar que o secret�rio de Planejamento, Emanuel Fernandes, e a subsecret�ria de assuntos parlamentares da Casa Civil, Rosemary Correa, neguem, na presen�a dele, que os tenha alertado sobre o suposto esquema.
Ele ainda disse achar “estranho” que o ent�o chefe da Casa Civil Luiz Antonio Guimar�es Marrey, tenha afirmado “lembrar-se vagamente” do documento. “Ele lembrou-se da data exata, mas do assunto n�o. Estranho, n�o acham?”, perguntou.
Camel�dromo. Barbiere reclamou da forma como foi interpretado no epis�dio em que comparou deputados a camel�s, mas confirmou ter feito a analogia. “O rep�rter perguntou-me como as emendas eram vendidas. Respondi-lhe: ‘N�o sei, pois nunca as vendi’. Ele insistiu e eu disse para que ele imaginasse que, aquele que a for vender, n�o coloca an�ncio em lugar nenhum, e que quem vendia emenda talvez fizesse como camel�, sei l�, maquiasse o produto e outras bobagens do tipo (sic)”.
O l�der do PTB, Campos Machado, afirmou que Barbiere lhe pediu que transmitisse � Casa a informa��o de que renunciaria ao mandato na ter�a-feira “se alguma televis�o ou jornal provar que ele falou que esta Assembleia � um camel�dromo”.
Ao final da reuni�o, o deputado Cau� Macris (PSDB), que faz parte da base governista, afirmou que considerava insuficientes as explica��es de Barbiere e que o deputado deveria comparecer pessoalmente para sanar as d�vidas dos deputados.
O l�der do PT, �nio Tatto, rebateu as declara��es dadas por Alckmin anteontem. Segundo ele, em vez de cobrar explica��es de Barbiere, Alckmin deveria faz�-lo em rela��o ao seu secret�rio de Meio Ambiente, Bruno Covas, que relatou ao estado o caso de um prefeito que lhe ofereceu R$ 5 mil por uma emenda.