O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, determinou neste s�bado o afastamento do assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de Qualifica��o, acusado de ser operador do esquema de achaque a ONGs que tinham contrato com a Pasta, conforme den�ncia publicada na revista Veja desta semana. Por meio de nota, Lupi disse que "n�o compactua com nenhum tipo de desvio de recursos p�blicos" e mandou abrir sindic�ncia para apurar as irregularidades.
Segundo a reportagem, caciques do PDT, liderados por Lupi, teriam transformado os �rg�os de controle da pasta em instrumento de extors�o. Relatos de dirigentes das ONGs Instituto �pa, do Rio Grande do Norte e Oxig�nio, do Rio de Janeiro, revelam que as entidades contratadas pelo Minist�rio para treinamento passavam a enfrentar problemas com a fiscaliza��o da pasta e tinham os repasses de recursos bloqueados.
Depois eram procurados por assessores graduados do ministro, que exigiam propina entre 5% e 15% do valor do contrato para que voltassem a receber recursos. Na nota, divulgada pela assessoria o ministro informa que o afastamento de Santos valer� pelo tempo que durar as investiga��es. Mas ressalta que ser� respeitado princ�pio da ampla defesa tanto dele como de outros servidores envolvidos nas den�ncias.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), est� na mira da presidente Dilma Rousseff, que deve reformar sua equipe no in�cio de 2012. Dilma tem acompanhado h� tempos as den�ncias de cobran�a de propina na pasta comandada por Lupi e, em agosto, mandou que ele demitisse seu chefe de gabinete, Marcelo Panella.
Reportagem publicada pela revista Veja neste fim de semana mostra que assessores de Lupi s�o acusados de comandar um esquema de extors�o para liberar pagamentos de conv�nios com organiza��es n�o-governamentais (ONGs). Dirigentes de ONGs como o Instituto �pa, do Rio Grande do Norte, dizem que colaboradores do ministro, como Weverton Rocha -- hoje deputado federal -- e Anderson Alexandre dos Santos exigiam pagamentos que variavam de 5% a 15% do valor dos contratos. Os dois respondiam diretamente a Marcelo Panella, tesoureiro do PDT e homem da confian�a de Luppi.
O esquema seria para abastecer o caixa do PDT. O Pal�cio do Planalto j� sabia da reportagem. Na avalia��o de auxiliares de Dilma, por�m, � preciso apenas "monitorar" o caso, uma vez que a presidente j� tomou provid�ncias para coibir fraudes em conv�nios com ONGs. Por ordem de Dilma, todos os conv�nios com ONGs passam por uma opera��o pente-fino por um per�odo de 30 dias.