K�tia Abreu � escoltada para escapar de estudantes

Presidente da Confedera��o Nacional da Agricultura (CNA), a senadora K�tia Abreu (PSD-TO), foi obrigada a deixar a comiss�o onde votava o projeto do C�digo Florestal protegida pela pol�cia do Senado, para n�o ser agredida por cerca de 15 estudantes da Universidade de Bras�lia (UnB). Acampados no corredor, o chamado T�nel do Tempo, eles protestavam contra o encaminhamento da mat�ria. Aos gritos de "K�tia Abreu n�o compra eu" e de "Senado vergonha nacional", os estudantes acompanharam a senadora, rodeada por policiais, at� o plen�rio por onde ela deixou a Casa. "� um absurdo eu ser constrangida e achincalhada na Casa em que trabalho", reagiu a senadora.

Os manifestantes chegaram cedo ao Senado, repetindo o procedimento do dia anterior de tentar intimidar os senadores das comiss�es que examinavam o c�digo. O �ndio guarani Araju Sepeti se juntou ao grupo, acrescentando novas palavras de ordem como a de afirmar que "o brasileiro n�o tem vergonha na cara, s� pensa em dinheiro". Os estudantes chamaram os senadores de "capangas da bancada ruralista".

Os policiais tentaram ignorar o tumulto de hoje, em conson�ncia com o procedimento do presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), que determinou o afastamento do agente que, ontem, atingiu o estudante Raphael Rocha com uma arma taser, de choque. Em nota, Sarney apoiou o tumulto provocado ontem pelos estudantes contra parlamentares e servidores da Casa, dizendo que "jamais tolerar� viol�ncia ou qualquer tipo de abuso contra aqueles que se dirigem � Casa para defender suas ideias democraticamente". O universit�rio Guilherme Mamede gostou da rea��o de Sarney, apesar de consider�-la "maquiagem e politicagem". "Qualquer for�a � importante, independente de ser maquiagem ou politicagem", disse ele, depois de informado que Sarney � o presidente do Senado.