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Estado de Minas

Enredo de crise � repetido na Esplanada com Lupi

Bombardeado por den�ncias de irregularidades, ministro do Trabalho adota discursos que seguem o mesmo roteiro de defesa de colegas que terminaram demitidos da equipe de Dilma


postado em 17/11/2011 06:00 / atualizado em 17/11/2011 07:00

O final da hist�ria ainda n�o � conhecido, mas os cap�tulos da crise envolvendo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, repetem passo a passo o roteiro e os discursos dos outros cinco ministros demitidos do governo federal neste ano. Nessa quarta-feira, ao prometer novas explica��es sobre as den�ncias e negar as irregularidades em sua pasta, Lupi se manteve no mesmo script dos ex-ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte), que antes de deixarem os cargos questionaram as den�ncias e garantiram apresentar explica��es suficientes para esclarecer todas as irregularidades apontadas pela m�dia em suas pastas.

A nega��o e desqualifica��o das acusa��es foram as primeira respostas de Lupi quando surgiram as den�ncias de que servidores e ex-servidores do Minist�rio do Trabalho estariam envolvidos em um esquema de cobran�a de propina que transferia recursos para o caixa do PDT, partido do ministro. “O que est�o apresentando hoje � antigo e fomos n�s que apontamos. Isso � caf� requentado”, criticou Lupi. Ele tamb�m cobrou detalhes das acusa��es e disse que n�o estaria ligado a qualquer irregularidade envolvendo sua atua��o no minist�rio. "Apare�a a prova, apresente-se quem levou dinheiro. Eu n�o compactuo com a corrup��o. Quero corruptor e corrupto na cadeia", afirmou.

Para explicar os contratos e conv�nios denunciados, o pedetista tamb�m adotou o mesmo discurso dos ministros demitidos, garantindo haver transpar�ncia nas contas da pasta e afirmando que as irregularidades n�o poderiam ser comprovadas. Assim como Palocci, que afirmou ter entregue todas as informa��es sobre sua empresa � Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), e Orlando Silva, que encaminhou pedido para abertura de inqu�rito para esclarecer as suspeitas, Carlos Lupi tamb�m lan�ou m�o do trabalho da PGR para defender os balan�os do Minist�rio do Trabalho. "A gente j� deu as respostas que tinha que dar, apresentou os documentos, o procurador-geral da Rep�blica j� se pronunciou. As presta��es de conta foram feitas em etapas, acompanhadas pela Procuradoria", defendeu.

“Italian�o”

Se nas cobran�as por provas mais concretas e nas garantias de que todas as explica��es seriam apresentadas o ministro seguiu o passos dos ex-colegas da Esplanada, quando discutiu a perman�ncia no cargo Carlos Lupi adotou estrat�gia diferente. Durante as justificativas para parlamentares sobre as den�ncias, ele deixou de lado o tom contido, perdeu a pose e terminou sendo obrigado a fazer uma retrata��o p�blica depois de desafiar a presidente da Rep�blica. Questionado se poderia perder o cargo por causa das suspeitas de desvio de recursos em conv�nios e parcerias firmados com Organiza��es N�o Governamentais (ONGs), o ministro se defendeu de forma dura e duvidou que seria retirado do cargo: “S� saio abatido � bala. E tem que ser bala forte, pois sou pesad�o”, afirmou Lupi.

O arrependimento pela declara��o veio r�pido. Dois dias depois, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, transmitiu a insatisfa��o da presidente em rela��o ao tom amea�ador do ministro e deu o recado: Lupi e todos os ministros do governo sabem que quem nomeia e quem demite � a presidente da Rep�blica. As desculpas vieram no dia seguinte, durante audi�ncia na Comiss�o de Fiscaliza��o Financeira e Controle, quando o ministro justificou seu exagero e mostrou que o recado foi bem entendido. “Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, n�o foi minha inten��o. Eu te amo”, disse o ministro.


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