O ministro das Cidades, M�rio Negromonte, admitiu hoje, em entrevista � r�dio Estad�oESPN que seu chefe de gabinete, C�ssio Peixoto, pediu a rean�lise da nota t�cnica que vetava a troca da obra de uma linha r�pida de �nibus (BRT) para outra de ve�culo leve sobre trilhos (VLT) em Cuiab� (MT). E afirmou que o fez sem sua ordem. "Ele (Peixoto) solicitou a rean�lise do projeto", disse. "Agora, ele n�o fez a meu mandado, n�o." Na entrevista, Negromonte negou fraude no caso, chamou o rep�rter do Grupo Estado de mentiroso e desligou o telefone durante a conversa.
Na entrevista � Estad�oESPN, Negromonte negou que tenha havido fraude no caso. Disse que houve uma "diverg�ncia" entre t�cnicos da Ag�ncia Executora das Obras da Copa do Mundo no Pantanal (Agecopa). "O que houve foi uma diverg�ncia de opini�o dos t�cnicos. Havia a opini�o de um t�cnico dando um parecer e a opini�o de outro t�cnico, da diretora Luiza Gomide Vianna, que � mais bem preparada, que reavaliou o parecer", disse. "N�o houve fraude. Est�o querendo colocar chifre em cabe�a de jumento."
Em muitas das respostas, Negromonte repetiu que mandou abrir sindic�ncia para avaliar o caso e que se nega a demitir funcion�rios na pasta para n�o "prejulgar" os envolvidos.
Sobre manchete publicada hoje pelo jornal "O Estado de S. Paulo" Negromonte negou que a Controladoria Geral da Uni�o (CGU) tenha reprovado a mudan�a no projeto para o VLT. Segundo o jornal, relat�rio do �rg�o que rejeita a troca � datado de 8 de setembro mesmo dia em que a pasta produziu uma nota t�cnica forjada para respaldar a proposta.
A CGU alerta que o VLT n�o deve ficar pronto at� a Copa do Mundo de 2014 e que o governo de Mato Grosso omitiu informa��es sobre os gastos com esta obra, or�ada em pelo menos R$ 1,2 bilh�o, R$ 700 milh�es a mais que o BRT. "N�o tenho conhecimento do parecer t�cnico da CGU", afirmou. "O jornal se precipitou."
Ao final da entrevista, o ministro se irritou com o rep�rter Leandro Colon. "N�o engano ningu�m. Voc� � quem mente. Voc� est� querendo prejulgar", disse, antes de desligar o telefone alegando que estava entrando em uma audi�ncia.