A assessoria de imprensa do Minist�rio do Trabalho e Emprego informou nesta quarta-feira que o ministro Carlos Lupi n�o ir� se pronunciar hoje sobre a recomenda��o feita pela Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica, que sugeriu a exonera��o do ministro. De acordo com a assessoria, Lupi ainda n�o teve acesso ao documento oficial e por isso n�o ir� coment�-lo.
Ap�s reuni�o ordin�ria realizada hoje, no Pal�cio do Planalto, o presidente da Comiss�o, Sep�lveda Pertence, explicou que a recomenda��o se d� por "explica��es n�o satisfat�rias" dadas por Lupi. Pertence tamb�m disse que Lupi deu respostas "inconvenientes" � pr�pria Comiss�o, ao Congresso e � imprensa.
J� o l�der do PT, senador Humberto Costa (PE), afirmou que a decis�o do Conselho � um "fator de constrangimento de ordem legal", que deixa a presidente Dilma numa "situa��o dif�cil". O l�der do PDT no Senado, Acir Gurgacz (RO), se disse "pego de surpresa" e pediu um tempo para "assimilar" a decis�o e discutir o epis�dio com a bancada. Lupi � presidente nacional do PDT, que se licenciou do cargo para assumir o Minist�rio, cumprindo determina��o da Comiss�o de �tica da Presid�ncia.
O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) avalia que essa decis�o deixa a presidente sem alternativa, sobretudo por partir de uma inst�ncia do governo respons�vel por zelar pela �tica p�blica. "Se ela n�o acatar, seria melhor desativar a Comiss�o". Sobre os rumores de que Dilma poderia demitir Lupi somente na reforma ministerial, programada para o in�cio do ano, Randolfe disse que a decis�o de hoje muda o cen�rio e obriga a presidente a "agir imediatamente".
Nem o l�der do PSDB, senador �lvaro Dias (PR), deixou de se surpreender com a not�cia, lembrando que a Comiss�o vinha sendo "generosa" com os ministros envolvidos em den�ncias. "A manuten��o do ministro representaria uma prevarica��o, um ato de cumplicidade da presidente", criticou o tucano.