
O secret�rio de Administra��o da prefeitura, Afonso Nascimento, explica que a Fritas & Cia seguiu os crit�rios da licita��o, que exigia experi�ncia no ramo ou ent�o algum funcion�rio respons�vel que j� tivesse atuado no setor. A Fritas & Cia, segundo o secret�rio, apresentou o atestado de um funcion�rio, Otac�lio Magalh�es Lage, que atuou no estacionamento dos terminais rodovi�rios de Belo Horizonte e Vit�ria (ES). “O objetivo principal deles � lanchonete, mas no contrato social diz que pode fornecer at� merenda escolar”, afirma Lage.
O servi�o tem uma previs�o de receita mensal de R$ 75.893,76. Para ter o direito de operar as 549 vagas no Centro de Ita�na, a Fritas & Cia ter� de pagar R$ 5.003,00 para a prefeitura. Ou seja, sobram R$ 70.896 todos os meses para a empresa, que com esse dinheiro ter� que imprimir os tal�es e vend�-los, al�m de fiscalizar o uso dos rotativos. “Preju�zo, com certeza n�o vai dar”, afirma o secret�rio. A empresa foi procurada pela reportagem, uma funcion�ria informou que os s�cios “n�o t�m interesse” em falar sobre o assunto.
Ita�na tem 85 mil habitantes e, de acordo com o vereador Ant�nio Miranda (PMDB), l�der da oposi��o, as reformas na Pra�a da Matriz, no Centro da cidade, que acontecem h� dois anos, dificultam o estacionamento na �rea. “Com a chegada do Natal vai ficar mais dif�cil ainda por causa do com�rcio”, afirma Miranda. Antes, o rotativo era operado na cidade por entidades filantr�picas. Uma nota da prefeitura, motivada pela pol�mica que o assunto despertou na cidade, informa: “Cabe ressaltar que o rotativo, quando explorado em Ita�na por entidades filantr�picas da cidade, sempre apresentou preju�zo a tais institui��es e a prefeitura nunca recebeu nada por isso, coisa diversa do que ocorrer� com o atual contrato, no qual a cidade receber� em troca R$ 5 mil reais mensais”.
Explica��es Miranda afirma que a c�mara pediu � prefeitura explica��es sobre o contrato, mas que ainda n�o recebeu a resposta. O clima de guerra entre o Legislativo e o Executivo � cada vez mais forte na cidade. Com 10 vereadores, seis fazem oposi��o e apertam o cerco. A C�mara montou uma comiss�o processante contra o prefeito Eug�nio Pinto (PT), motivada pela suspeita de superfaturamento. O motivo � um contrato de R$ 7 milh�es para compra e manuten��o de computadores. “Uma per�cia t�cnica do Minist�rio P�blico e da C�mara calculou superfaturamento em 2.300%”, afirma o vereador. O valor, se n�o houvesse os gastos desnecess�rios, segundo as per�cias, seria de cerca de R$ 600 mil.
