
Entre as principais insatisfa��es do Pal�cio do Planalto com o relat�rio estava o descumprimento do Estatuto do Idoso, a libera��o da venda de bebidas nos est�dios de forma permanente, o pagamento de pr�mios aos jogadores das Copas de 1958, 1962 e 1970 e a utiliza��o de aeroportos militares. Em rela��o ao Estatuto do Idoso, ele estabelece que as pessoas maiores de 60 anos t�m direito � meia-entrada na compra de ingressos para eventos – o que teoricamente inclui os bilhetes dos jogos do Mundial. No texto elaborado por Vicente C�ndido e defendido pela Fifa � eliminado o uso da meia-entrada. Como alternativa foi proposta a venda de 300 mil ingressos populares no valor de cerca de R$ 50 que atenderiam os idosos, estudantes, ind�genas e as pessoas que aderirem � Campanha do Desarmamento. Por meio de assessores, a presidente Dilma Rousseff determinou que fosse mantido o Estatuto do Idoso de forma integral, o que foi atendido por C�ndido.
Altera��es
O recado foi dado ao parlamentar em reuni�es realizadas nos �ltimos dias. A primeira ocorreu na segunda-feira, com a ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, e a segunda horas antes do in�cio da sess�o de ontem em que o relat�rio seria votado. Nas duas ocasi�es tamb�m estiveram presentes representantes da Casa Civil e do Minist�rio do Esporte. Ap�s o encontro, o parlamentar decidiu por fim alterar parte do texto que estabelece a venda de bebidas alco�licas nos est�dios de forma permanente. A princ�pio ele tinha proposto mudar o Estatuto do Torcedor autorizando o consumo nas arenas tanto nos jogos da Copa quanto nos campeonatos nacionais, a partir da vig�ncia da lei. Essa medida causou gritaria por parte de l�deres do PMDB no Congresso e por parte de integrantes do Minist�rio da Sa�de contr�rios � proposta.
No novo texto, Vicente C�ndido, mesmo descontente, estabeleceu a venda apenas para os jogos do Mundial. “Acho enviesado esse discurso de achar que o problema de embriaguez no Brasil � s� nos est�dios”, criticou. “Nesse ponto discordo frontalmente do ministro da Sa�de. No resto, ele est� correto porque tem que fazer mesmo. Tem um problema de sa�de p�blica, mas n�o se resolve dentro do est�dio de futebol”, acrescentou o petista. Outros dois pontos que tamb�m podem ser retirados do texto dizem respeito ao pagamento de pr�mio e aposentadorias aos jogadores dos Mundiais de 1958, 1962 e 1970, al�m da utiliza��o dos aeroportos militares durante os jogos.