
Bras�lia - A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira uma "rela��o civilizada" com a oposi��o. Ao ser lembrada da disposi��o de "estender as m�os" para os oposicionistas, ideia que fez quest�o de destacar em seu discurso de posse, Dilma disse que teve "muito prazer" em conversar com Fernando Henrique Cardoso e de manter uma boa rela��o com governadores.
"Acredito que � preciso estender a m�o civilizadamente para a oposi��o. Acredito muito na rela��o civilizada. N�o precisa ter a mesma posi��o, mas capacidade de entender. E se pode ter outras posi��es. E sempre me dispus a ter. E considero tamb�m muito boa a rela��o com os governadores dos partidos de oposi��o."
Dilma citou sua rela��o "aproximada" com governadores tucanos como os de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, de Minas Gerais, Ant�nio Anastasia, e de Alagoas, Teot�nio Vilela, al�m da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, do DEM. "Rela��o civilizada significa conversa, que � uma das atividades intr�nsecas do ser humano", ressaltou a presidenta em um caf� da manh� com jornalistas, no Pal�cio do Planalto.
Ela contou que n�o leu o livro Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro J�nior, que aponta um esquema de desvio de recursos p�blicos no processo de privatiza��o de empresas estatais ocorrido na d�cada de 1990.
"Eu n�o li nem o meu", disse, referindo-se ao livro A Vida Quer � Coragem, biografia rec�m-lan�ada da presidenta, assinada pelo jornalista Ricardo Amaral. Ela tamb�m n�o quis comentar a possibilidade de abertura de uma comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) na C�mara para investigar as den�ncias contidas no livro Privataria Tucana.
Dilma citou situa��es que envolvem rela��o entre opositores governistas e que produziram efeitos negativos. Um exemplo citado pela presidenta foi o epis�dio da vota��o do teto da d�vida dos Estados Unidos.
"Neste ano, nos pa�ses do mundo, a rela��o entre oposi��o e situa��o foi incivilizada, at� delet�ria, como no epis�dio da vota��o do teto de endividamento dos Estados Unidos", disse Dilma. Chega a um ponto em que um fala uma coisa e o outro fala outra. Essa � uma das piores doen�as da democracia, � quando se perde o compromisso do bem comum", disse Dilma.
"� preciso lembrar que, em todas as circunst�ncias, o que est� em jogo � interesse do pa�s", destacou a presidenta.