A presidente Dilma Rousseff demonstrou otimismo nessa sexta-feira com as possibilidades de crescimento do Brasil para 2012, apesar de o cen�rio econ�mico externo manter os sinais de deteriora��o. "O meu cen�rio � entre 4,5% e 5% (de crescimento do Produto Interno Bruto). A minha meta � cinco, a meta do Guido (Guido Mantega, ministro da Fazenda) � cinco", afirmou a presidente, durante o caf� da manh� de confraterniza��o com jornalistas no Pal�cio do Planalto. Ela tamb�m apostou numa diminui��o nos n�veis inflacion�rios, aproximando-se do centro da meta estipulado pelo Banco Central. “N�s temos certeza de que a infla��o fica sob controle, fazendo aquela curva suave, porque, se ela estiver em 5% e o centro da meta � 4,5%, n�o faz diferen�a nenhuma", declarou.
Dilma declarou que o pa�s re�ne uma s�rie de fatores que permitem a proje��o de um cen�rio mais promissor daqui para frente. Um deles � a possibilidade da oferta de cr�dito sem que isso signifique um descontrole nas contas p�blicas. "Ao contr�rio dos outros pa�ses, que, quando a coisa aperta, t�m de recorrer ao or�amento deles e isso provoca problemas de amplia��o do d�ficit, n�s n�o recorremos ao or�amento. N�s temos os dep�sitos compuls�rios", disse.
A presidente ressaltou o salto do cr�dito no pa�s para mostrar que a situa��o brasileira est� mais c�moda. "Se voc� olhar, n�s passamos em 2002 – final de 2002 – de algo como R$ 380 – vamos botar R$ 400 bilh�es – para o que estamos hoje, quase R$ 2 trilh�es – R$ 1,940 trilh�o.” Dilma disse ainda que o Brasil tem margens mais confort�veis para desenvolver pol�tica monet�ria se comparado a outros pa�ses que passam por dificuldades. "Eles est�o praticando juros de 0,5% a 0, ou at� 1%", enfatizou.
Mais uma vez, o pa�s deve repetir o modelo adotado na crise de 2009, quando priorizou os investimentos p�blicos e o mercado consumidor interno para superar a recess�o internacional. "N�s temos uma capacidade de investimento e n�s temos de explorar �s �ltimas consequ�ncias, tanto do ponto de vista do governo quanto do ponto de vista da iniciativa privada", disse. Ela lembrou que o IBGE est� revisando o volume de investimentos de 2009, que deve ter batido os 20%. "N�s teremos de chegar – para o Brasil ficar muito bem – a uma forma��o bruta de capital fixo (taxa de investimento em rela��o ao PIB) ali em torno dos 24%. Esse vai ser um esfor�o crescente que, ao longo do meu per�odo de governo, eu, pelo menos,vou perseguir", prometeu.
A presidente lembrou ainda que os investimentos p�blicos ser�o fundamentais para atender �s demandas reprimidas da nova classe m�dia, que emergiu socialmente e vir� exigindo do Estado a presta��o de servi�os de qualidade, sobretudo nas �reas de sa�de e educa��o. "Este desafio � um desafio que cabe ao governo enfrentar, cabe aos nossos funcion�rios, aos m�dicos, aos professores", disse.
Choque de gest�o
Se depender da promessa da presidente Dilma Rousseff, o Brasil chegar� ao fim de seu governo com um Estado mais profissional, menos burocr�tico e prestando servi�os p�blicos de mais qualidade. "A efic�cia de um governo vai se dar com a mudan�a de pr�ticas de governan�a. (...) Valoriza��o de um lado e exig�ncia de efici�ncia do outro. Estou falando de meritocracia e profissionalismo. Precisamos profissionalizar o setor p�blico brasileiro. Preciso ser representante do governo federal de um Estado que seja �gil", defendeu. Perpassando uma s�rie de programas ao longo de seu governo, Dilma ressaltou a necessidade de melhorar a m�quina p�blica, dando um choque de qualidade no servi�o p�blico. "Nenhum pa�s do mundo, nem a China, avan�ou sem reformar o Estado", apontou.