O futuro do ministro da Integra��o Nacional, Fernando Bezerra, ser� selado hoje em reuni�o, �s 10h, com a presidente Dilma Rousseff. Ele e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, v�o apresentar um balan�o da situa��o das chuvas que fizeram a presidente antecipar o fim das f�rias e voltar a Bras�lia, na quinta-feira. Por causa das trag�dias que atingem a Regi�o Sudeste, o governo mobilizou cinco ministros em pleno domingo para avaliar a situa��o dos estados mais afetados pelas enchentes, principalmente Minas Gerais. Gleisi Hoffmann comandou reuni�o � noite com os titulares da Integra��o Nacional (Fernando Bezerra), da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o (Aloizio Mercadante), dos Transportes (Paulo Passos) e da Sa�de (Alexandre Padilha), na sede do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Prote��o da Amaz�nia (Censipam), em Bras�lia.

A reuni�o come�ou por volta das 18h30 e cada minist�rio apresentou um levantamento das a��es da pasta no enfrentamento das enchentes, al�m de definir novas medidas para os pr�ximos dias. Uma das a��es anunciadas � uma parceria com a Vale e a Universidade Federal de Ouro Preto para o envio de ge�logos, que v�o avaliar a situa��o da cidade hist�rica, fortemente atingida pelos temporais. A cidade registrou deslizamentos de encostas, sendo que um deles atingiu parte da rodovi�ria e matou dois taxistas. O governo tamb�m decidiu manter at� mar�o os postos avan�ados instalados nesta semana em Minas Gerais, no Esp�rito Santo e Rio de Janeiro, que integram equipes das defesas civis federal, estadual e municipal.
Por causa das chuvas, n�o s� Gleisi e Bezerra interromperam as f�rias e voltaram a Bras�lia no come�o da �ltima semana para acompanhar a situa��o do Sudeste. Minas Gerais � o estado que mais registra preju�zos com as chuvas at� agora, com 103 munic�pios em estado de emerg�ncia em decorr�ncia dos estragos causados pelas enchentes e deslizamentos.
Explica��es
Amanh�, o ministro Fernando Bezerra dever� ir ao Congresso Nacional explicar as den�ncias de favorecimento pol�tico na distribui��o de recursos para Pernambuco, seu reduto eleitoral, e na libera��o de emendas parlamentares. Em atendimento a requerimento � Comiss�o Representativa do Congresso, ele vai falar dos crit�rios para a distribui��o de verbas destinadas � preven��o de desastres naturais e atendimento a regi�es atingidas por calamidades. A data escolhida pelo ministro, em pleno recesso, � vista com reservas por parlamentares da oposi��o.
Al�m da acusa��o de ter liberado R$ 70 milh�es para seu estado natal – o maior da pasta no ano passado –, Bezerra � questionado porque seu filho Fernando Bezerra de Souza Coelho (PSB-PE), que est� no segundo mandato de deputado federal, foi o �nico a ter todas as emendas ao or�amento liberadas, um total de R$ 9,1 milh�es. Ainda pesam sobre o ministro a indica��o do tio Osvaldo de Souza Coelho, de 80 anos, para o cargo de conselheiro do Conselho Nacional de Irriga��o, ligado ao seu gabinete. O irm�o do ministro, Clementino de Souza Coelho, presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e Parna�ba (Codevasf), estatal vinculada ao minist�rio, deixar� o cargo nos pr�ximos dias, conforme j� anunciou o Pal�cio do Planalto. (Com ag�ncias)
Ex-candidato
A candidatura a prefeito de Recife (PE) em outubro � um plano quase descartado na cabe�a do ministro da Integra��o Nacional, Fernando Bezerra. Na reuni�o de hoje com a presidente Dilma Rousseff, Bezerra dir�, se questionado, que prefere continuar no cargo de ministro respons�vel pela defesa civil, pela pol�mica transposi��o do Rio S�o Francisco e pelo novo programa de irriga��o que o governo est� para lan�ar. O encontro foi combinado em telefonema da presidente ao ministro na sexta-feira. Bezerra Coelho passou a informa��o adiante no Twitter. Ele come�ava dizendo no microblog: "Muito trabalho pela frente". Ele n�o acredita que perder� o cargo na Esplanada, racioc�nio refor�ado pela opera��o deflagrada pela pr�pria presidente na sexta-feira, quando acionou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para defender o repasse de verbas federais para Pernambuco, estado governado por Eduardo Campos (PSB). O governador � padrinho pol�tico do ministro e aliado importante n�o apenas pelos votos que det�m no apoio ao governo no Congresso, mas pelo peso nas articula��es para 2014, ano de elei��o presidencial.