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Estado de Minas

Ministro Bezerra cria palco para se defender de den�ncias


postado em 10/01/2012 06:00 / atualizado em 10/01/2012 07:49

Acuado h� uma semana com den�ncias de privil�gios para sua base eleitoral em Petrolina, Pernambuco, e para seus familiares espalhados na m�quina p�blica federal, o ministro da Integra��o Nacional, Fernando Bezerra, decidiu antecipar sua ida ao Congresso Nacional em pleno recesso para prestar esclarecimentos. Ele telefonou nessa segunda-feira para o presidente do Senado, Jos� Sarney (PMDB-AP), e solicitou que fosse convocado para se apresentar na Comiss�o Representativa do Congresso na quinta-feira, o que significa explicar-se para um Legislativo esvaziado pelo recesso de janeiro – apenas 17 de deputados e sete senadores. No Planalto, a estrat�gia at� o momento � mostrar que o titular da Integra��o Nacional n�o est� amea�ado de demiss�o.

Como parte desse plano de fortalecimento, ele foi escalado para anunciar o pacote de medidas elaborado pelo governo para o enfrentamento das chuvas, atuando como mestre de cerim�nias, enquanto sua assessoria distribu�a tr�s notas contestanto supostas irregularidades em sua pasta. Ap�s duas horas e meia de reuni�o com a presidente Dilma Rousseff e com os ministros dos Transportes, Paulo Passos, da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, da Sa�de, Alexandre Padilha, da Ci�ncia e Tecnologia, Aloizio Mercadante; e o interino da Defesa, Enzo Peri, coube a Bezerra anunciar as principais medidas decididas pelo governo federal.

Respostas

O titular da Integra��o Nacional garantiu que conta com o “apoio e confian�a” da presidente Dilma Rousseff para continuar no cargo. “Se eu n�o contasse com a confian�a e o apoio da presidente Dilma n�o estaria nesta solenidade”, disse. Ele afirmou que teve uma “uma longa e boa conversa” com a presidente e que ela j� havia recebido todas as informa��es sobre as den�ncias. “O Minist�rio do Planejamento j� se manifestou em rela��o aos recursos da Defesa Civil, a CGU j� se manifestou em rela��o � situa��o da dire��o da Codevasf. Portanto, todos os pontos levantados j� foram devidamente respondidos”, sustentou.

Bezerra est� confiante de que as den�ncias n�o v�o ter maiores consequ�ncias. “N�s estamos tranquilos, nenhuma dessas den�ncias vai prosperar, porque nunca prosperou nenhuma den�ncia contra minha pessoa. E eu nunca tive nenhuma conta rejeitada em toda minha vida p�blica”, enfatizou.

Blindagem

Nos bastidores, tanto ele quanto o PSB apostam no esvaziamento da crise pol�tica at� o in�cio do ano legislativo, em fevereiro. Sob holofotes, no entanto, ele disse acreditar que o depoimento em pleno recesso n�o facilita sua defesa. “Eu creio at� que � mais dif�cil a blindagem nessas circunst�ncias”, defendeu. Ele adiantou, ap�s reuni�o com a presidente Dilma Rousseff e outros ministros para tratar das enchentes no pa�s, que pretende “tirar qualquer d�vida em rela��o � gest�o dos recursos da Defesa Civil”.

Como o Estado de Minas mostrou na �ltima semana, Bezerra usou o cargo para beneficiar familiares em Pernambuco. Ele e o irm�o Clementino de Souza Coelho, presidente interino da Codevasf, intermediaram a licita��o para a compra de cisternas de pl�stico da empresa Acqualimp, a serem distribu�das no sert�o brasileiro. O custo de instala��o do produto � duas vezes e meia maior do que as cisternas de concreto.

Al�m disso, a Acqualimp acertou a instala��o de uma f�brica em Petrolina, munic�pio no qual o filho do ministro, Fernando Coelho Filho, ser� candidato a prefeito em outubro. No mesmo dia em que a mat�ria foi publicada, a Casa Civil divulgou nota confirmando o nome de Guilherme Gon�alves Almeida como novo presidente da Codevasf, em substitui��o a Clementino.

Articula��o

Bezerra passou o fim de semana em Pernambuco e conversou por diversas vezes, por telefone, com o governador do Estado, Eduardo Campos. Desde o in�cio da crise, tem cabido a Eduardo – que tamb�m � presidente do PSB – dar o tom das declara��es do ministro. Foi o governador quem primeiro avisou que as obras das barragens na bacia do Una foram feitas “com o conhecimento pleno da presidente Dilma”. Na quarta-feira, em entrevista coletiva no minist�rio, Bezerra repetiu a estrat�gia de defesa. Outra a��o combinada � mostrar que “Pernambuco n�o pode ser penalizada por apresentar os melhores projetos para prevenir enchentes”, como declarou Campos no fim de semana passado, adotando um discurso voltado para o eleitorado pernambucano.


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