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Estado de Minas

Ministro Fernando Bezerra confirma depoimento no Congresso nesta quinta

Comiss�o convocada conta s� com quatro oposicionistas, que est�o divididos


postado em 12/01/2012 06:00 / atualizado em 12/01/2012 07:13

O ministro da Integra��o Nacional, Fernando Bezerra, aposta que o depoimento desta quinta-feira na Comiss�o Representativa do Congresso ser� suficiente para encerrar a crise pol�tica na qual est� enredado desde o in�cio da semana passada. “Eu terei tempo amanh� (hoje) e estarei no local adequado n�o s� para responder os representantes do povo brasileiro. Estarei � disposi��o de toda a imprensa, caso ainda tenham alguma pergunta a ser respondida”, disse ele, ap�s reuni�o na Casa Civil para tratar de novas medidas de combate �s chuvas. O ministro dep�e a partir das 15h30.

A Integra��o Nacional designou um t�cnico para comparecer pessoalmente � lideran�a do PSB no Congresso na ter�a-feira e nessa quarta-feira para explicar pontualmente todas as den�ncias envolvendo o ministro. Bezerra conta tamb�m com uma oposi��o dividida. A comiss�o � composta por oito senadores e 17 deputados, sendo que a oposi��o tem apenas quatro cadeiras. O l�der do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), promete pressionar o ministro, mas lideran�as importantes da legenda, como o presidente tucano, S�rgio Guerra (PE), e os governadores Beto Richa (PR) e Antonio Anastasia (MG) sentem-se pouco � vontade em atacar um ministro do PSB.

Alvaro Dias tem consci�ncia dessas limita��es e fez quest�o de ligar diretamente para Guerra para avisar que n�o ser� condescendente com o ministro. Segundo ele, recebeu o sinal verde do principal dirigente do PSDB. “Vou cumprir o meu papel de oposi��o, agirei como l�der do partido no Senado. E acredito que o l�der da C�mara (Duarte Nogueira, de S�o Paulo) atuar� da mesma maneira”, declarou Dias.

A situa��o de Guerra, de fato, � delicada. Diferentemente de outras crises envolvendo ministros do governo Dilma, o presidente nacional do PSDB pouco tem falado no epis�dio envolvendo Bezerra. Algumas quest�es tornam sua situa��o complexa. Ele � deputado por Pernambuco. No estado, o ministro da Integra��o Nacional est� sendo encarado como her�i por ter encaminhado recursos para combater as enchentes na regi�o. Al�m disso, no plano local, o tucano � aliado do governador Eduardo Campos, padrinho pol�tico de Bezerra, e conta com o governador para voos mais consistentes nos pr�ximos anos.

Primeira inst�ncia

Nessa quarta-feira, a Procuradoria Geral da Rep�blica encaminhou a a��o contra Bezerra, protocolada pelo DEM na ter�a-feira, para a Procuradoria Geral da Rep�blica no Distrito Federal, j� que a den�ncia � de improbidade administrativa e o foro para an�lise desse tipo de a��o � a primeira inst�ncia.

Bezerra articula-se em Bras�lia e em seu estado natal. Na ter�a-feira, ligou duas vezes para o governador Eduardo Campos em menos de seis horas – a primeira no fim da tarde e a segunda por volta das 21h. Aliados de Bezerra e Campos apostam no esfriamento da temperatura, j� que o ministro tem recebido gestos de solidariedade vindos de governistas e oposicionistas. “O PSB foi o partido que mais cresceu nas �ltimas elei��es, � dif�cil uma a��o concreta para nos dividir”, disse um interlocutor do governador de Pernambuco.

Esses mesmos articuladores do PSB alardeiam, por exemplo, que os tr�s estados supostamente prejudicados pelos “privil�gios a Pernambuco” n�o reclamaram publicamente do Minist�rio da Integra��o Nacional. “Pelo contr�rio, os governadores S�rgio Cabral Filho (PMDB-RJ), Antonio Anastasia e Raimundo Colombo (PSD-SC) manifestaram publicamente apoio �s a��es do minist�rio”, disse um aliado de Campos. “E quem n�o fala a favor silencia sobre a crise, o que tem o mesmo efeito pol�tico”, completou o pessebista.

Roteiro

Confira as perguntas que a oposi��o deve fazer hoje ao ministro Fernando Bezerra


Por que o irm�o, Clementino Coelho, ficou quase um ano para ser afastado do cargo de presidente interino da Codevasf mesmo quando ele assumiu o minist�rio?

Por que Pernambuco teve a maior parte dos recursos destinados � preven��o de enchentes, se estados como Minas, Rio e Santa Catarina tamb�m sofreram com problemas semelhantes?

Por que Clementino e Bezerra beneficiaram Petrolina com 22,8 mil cisternas de pl�stico (38% das 60 mil compradas por edital) – mais caras que as de concreto – mesmo sabendo que o cadastro do Minist�rio do Desenvolvimento Social apontava que a Bahia e o Cear� estavam � frente na lista de prioridades?

Por que empresas ligadas ao ministro e a seus irm�os foram beneficiadas por projetos de irriga��o comandados pela pasta?

Por que Fernando Bezerra nomeou o pr�prio tio, Osvaldo de Souza Coelho, para o Comit� T�cnico Consultivo para o Desenvolvimento da Agricultura Irrigada, que serve como �rg�o de asessoramento direto ao ministro?

Por que o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho – pr�-candidato a prefeito de Petrolina (PE) – concentrou 60% de suas emendas parlamentares para a Codevasf em 2011, ano em que o pai era ministro da Integra��o Nacional e o tio presidente interino da estatal?

Por que Bezerra tinha sob seu comando Antonio de P�dua Kerhle, pai de sua nora Laura, lotado no Dnocs de Pernambuco, e Iran Padilha Modesto, tio de Laura, lotado como representante do minist�rio em Pernambuco?

Saiba mais

Car�ter urgente

A Comiss�o Representativa � composta de oito senadores e 17 deputados, com igual n�mero de suplentes. Segundo o Regimento Interno do Congresso, o colegiado atua durante o per�odo de recesso do Parlamento e tem como principal fun��o a de exercer atribui��es de car�ter urgente que n�o possam aguardar o in�cio do per�odo legislativo seguinte sem causar preju�zos para o pa�s ou para suas institui��es. A atual composi��o da comiss�o tem apenas quatro integrantes dos partidos da oposi��o.


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