Bras�lia – Diante do temor de o DEM ser riscado do cen�rio pol�tico nas pr�ximas elei��es municipais, integrantes do partido veem no PMDB, um dos principais partido da base aliada do governo Dilma Rousseff, uma boia de salva-vidas para conseguir sobreviver ap�s o pr�ximo pleito. As conversas entre o presidente nacional do DEM, Jos� Agripino Maia (RN), e o vice-presidente da Rep�blica e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), s�o cada vez mais frequentes no sentido de transformar o namoro em um casamento na maioria das capitais do pa�s.
Apesar dessa aproxima��o, a possibilidade de fus�o ou mesmo do embarque do partido de oposi��o na base aliada do atual governo s�o descartadas pelos caciques do DEM. O di�logo entre Temer e Agripino, no entanto, � uma quest�o de conveni�ncia pol�tica e vem a reboque da movimenta��o do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e do PSD, do prefeito de S�o Paulo, Gilberto Kassab, tamb�m considerados pe�as de relev�ncia no tabuleiro eleitoral de outubro e de 2014.
Ao ver o posto de protagonista da base do governo amea�ado, o PMDB estendeu a m�o para um DEM que perdeu v�rios quadros no Congresso para o rec�m-casado PSD e que ainda n�o conseguiu avaliar o impacto nos munic�pios.
“Para ser sincero, essa alian�a tamb�m � uma quest�o de sobreviv�ncia”, ressaltou o deputado federal Pauderney Avelino (DEM-AM), cotado para ser l�der da bancada na C�mara neste ano. Avelino tamb�m � pr�-candidato � prefeitura de Manaus. “As conversas est�o ocorrendo. E vamos sair juntos em v�rias capitais. O PMDB v� com simpatia essa aproxima��o”, disse ao Estado de Minas o presidente em exerc�cio do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Segundo ele, um novo encontro com o Agripino Maia deve ocorrer at� o fim do m�s. “Essa movimenta��o do Kassab com o PSB de Eduardo Campos de certa forma levou o PMDB a olhar para o lado e ver o DEM como um parceiro”, avaliou Pauderney Avelino.
“Sinal verde”
Um movimento estrat�gico entre os dois partidos ocorreu no in�cio da semana quando o presidente municipal do DEM em S�o Paulo, Alexandre Moraes, selou um acordo para sair como vice na chapa do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB), na disputa para a prefeitura da capital paulista. Chalita � a aposta de Temer para preencher um espa�o deixado pelo ex-governador Orestes Qu�rcia, que morreu em dezembro de 2010. O acordo s� n�o ser� concretizado caso o ex-governador Jos� Serra (PSDB) resolva de �ltima hora sair como candidato. Se isso ocorrer, os demistas embarcariam na campanha do tucano.
A alian�a no principal col�gio eleitoral do pa�s deve servir de “sinal verde” para os demais estados. “As mexidas em �mbito nacional tamb�m criam reflexos nos estados. Um di�logo com o PMDB Nacional facilita para n�s nos munic�pios”, comentou o deputado federal Mendon�a Filho (PE), integrante da Executiva do DEM. O parlamentar tenta chegar a um acordo com o PMDB para sair na cabe�a de chapa � Prefeitura de Recife. As conversas tamb�m envolvem o PSDB e o PPS. Este �ltimo defende a candidatura do ex-deputado Raul Jungmann.
Al�m de Recife e Manaus, as conversas entre os dois partidos est�o bem avan�adas em Salvador, onde o atual l�der do DEM na C�mara, ACM Neto, deve fechar alian�a com o ex-ministro da Integra��o Nacional Geddel Vieira Lima. O nome mais cotado para a disputa municipal � o do peemedebista M�rio K�rtesz. Em contrapartida, ACM Neto receberia apoio para disputar o governo estadual em 2014. Fortaleza tamb�m est� na lista de poss�veis alian�as entre os dois partidos, onde h� conversas com o PSDB e com o deputado federal Danilo Fortes (PMDB). Esse cen�rio de “tr�plice alian�a” (PMDB-DEM-PSDB) se repete ainda em Natal (RN) e Florian�polis (SC).