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Estado de Minas

Anastasia vai trocar toda a c�pula da seguran�a p�blica de Minas

Objetivo � acabar com as brigas entre a PM e a Civil e dar agilidade ao projeto de unifica��o das pol�cias


postado em 20/01/2012 06:00 / atualizado em 20/01/2012 06:42


Área de segurança pública será uma das mais atingidas pelas mudanças que serão feitas por Anastasia (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 27/4/11)
�rea de seguran�a p�blica ser� uma das mais atingidas pelas mudan�as que ser�o feitas por Anastasia (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 27/4/11)
Os principais cargos da seguran�a p�blica no estado v�o ser trocados na reforma do secretariado que ser� feita pelo governador Antonio Anastasia (PSDB). Al�m do secret�rio de Estado da Defesa Social, Lafayette Andrada (PSDB), est� na corda bamba Genilson Ribeiro Zeferino, secret�rio adjunto da Defesa Social. Os dois n�o se d�o. Na mira das mudan�as est�o ainda o comandante geral da Pol�cia Militar, coronel Renato Vieira, e o chefe da Pol�cia Civil, Jairo Lelis. Os atritos entre as duas corpora��es ganharam corpo ao longo do �ltimo ano e, em alguns momentos, beiraram o confronto armado. A medida dr�stica � uma forma de dar sequ�ncia ao projeto pioneiro no pa�s de integra��o das pol�cias e de buscar efici�ncia nas a��es de intelig�ncia e de planejamento contra a criminalidade.

N�o t�m sido poucas as dificuldades para a integra��o entre as pol�cias. Alguns dos casos vieram a p�blico. Outros foram resolvidos sem estardalha�o, pela media��o entre comandantes e delegados-chefes. O fato � que a Pol�cia Militar e a Pol�cia Civil est�o em crise. O confronto na madrugada de domingo passado, em Esmeraldas, na sa�da de um baile funk, entre quatro agentes da Pol�cia Civil e o sargento do Grupo de A��es T�ticas Especiais (Gate) Rafael Augusto dos Reis Rezende, de 23 anos, foi o �ltimo de uma s�rie de epis�dios.

A tens�o institucional gira em torno de alguns pontos espec�ficos deixados em aberto pelos legisladores em rela��o aos quais tem sido firmada jurisprud�ncia. Um deles diz respeito � compet�ncia para a apura��o dos crimes dolosos contra a vida cometidos por militares. Nos tribunais tem prevalecido o entendimento de que esses casos devam tramitar na Justi�a comum. Os policiais militares t�m outro entendimento: esses crimes deveriam ser investigados pela pr�pria corpora��o e julgados pelo Tribunal de Justi�a Militar.

A diverg�ncia tem causado n�o poucos confrontos. Um dos epis�dios, no ano passado, foi desencadeado a partir de uma opera��o, realizada por um sargento, contra um menor e um maior que cometiam um crime. Durante a a��o, o rev�lver do sargento disparou e atingiu a cabe�a do maior. O militar se dirigiu ent�o � delegacia para concluir a ocorr�ncia levando o menor. No entanto, o delegado lhe deu ordem de pris�o, caracterizando a sua atua��o como homic�dio doloso. Os colegas militares que o acompanhavam n�o concordaram. Pretendiam entreg�-lo ao quartel, onde seria aberto inqu�rito. Como o delegado n�o concordou, v�rias viaturas de PMs foram chegando e cercando a delegacia. O confronto s� terminou com a interven��o de um delegado regional e de um comandante do batalh�o, que, em entendimento, resolveram que o inqu�rito seria lavrado pela Pol�cia Civil e, em seguida, o sargento seria entregue �s autoridades militares.

Carreira

Aprovada no ano passado pela Assembleia Legislativa, a exig�ncia de forma��o em direito para os oficiais militares foi mais um mote para azedar as rela��es entre as corpora��es. O entendimento dos policiais civis � de que a carreira jur�dica � de delegado, de procurador, de juiz, n�o de policiais militares. A Associa��o de Delegados da Pol�cia Civil j� prop�s uma a��o direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a exig�ncia.

H� mais motivos para o conflito entre policiais civis e militares. Embora a Constitui��o Federal defina que o cumprimento do mandado de busca e apreens�o seja compet�ncia da Pol�cia Civil, alguns ju�zes t�m concedido mandado de busca a policiais militares. E cada vez mais a Diretoria de Intelig�ncia da Pol�cia Militar tem investigado crimes, irritando a Pol�cia Civil. A Pol�cia Militar tem assumido cada vez mais esse papel, que seria da Civil. A lista de casos investigados em aberto � enorme. H� problemas no quadro de pessoal: faltam escriv�es, faltam delegados e investigadores.

Por tudo isso, os �rg�os de seguran�a do estado est�o na mira de Antonio Anastasia. O processo de integra��o entre Pol�cia Civil e Pol�cia Militar iniciado em Minas, que hoje inspira outros estados como Pernambuco, vive um momento delicado e Anastasia est� decidido a levar adiante o projeto.


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