
� exce��o da proposta do vice-prefeito e presidente municipal do PT, Roberto Carvalho, para que o partido lance candidatura pr�pria � sucess�o de Marcio Lacerda (PSB), ser�o apresentadas pelo menos cinco proposi��es de grupos no Encontro de T�tica Eleitoral, que vai definir em abril o futuro do partido na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. Quatro delas t�m o mesmo pano de fundo: o apoio � reelei��o de Lacerda. O que muda � a forma de apoio. Alguns, como o grupo de Virg�lio Guimar�es, defendem o apoio incondicional. Outros, como os ligados ao deputado estadual Paulo Lamac, ao presidente estadual da legenda, deputado federal Reginaldo Lopes, e ao grupo do deputado federal Miguel Corr�a Junior, apresentam diferentes condicionantes. Lamac pleiteia tamb�m a coliga��o proporcional. Lopes e Corr�a reivindicam o apoio de Lacerda � sucess�o municipal de 2016.
J� Patrus Ananias e aqueles mais pr�ximos, como o deputado estadual Andr� Quint�o, informam que pretendem construir uma proposta em um debate com as bases do partido, que se iniciar� s�bado. A tend�ncia � de maior proximidade com a dire��o nacional do partido, que defende o apoio � reelei��o de Lacerda. “Queremos discutir com os militantes aliados � Articula��o o caminho que garanta a unidade do PT em Belo Horizonte e em Minas”, diz Quint�o, que ainda considera importante debater o governo Lacerda e as pol�ticas p�blicas.
Em 2008, Carvalho participou da composi��o da ampla alian�a que levou Lacerda � PBH e teve o apoio informal do PSDB. Ao longo do mandato, os atritos com o prefeito colocaram os dois em campos opostos. Al�m de conversar com o PMDB, que foi o advers�rio principal de Lacerda em 2008, Carvalho argumenta na executiva nacional que busca agregar na disputa de Belo Horizonte a base aliada de Dilma Rousseff.
O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, tem, entretanto, outra avalia��o. Ele j� declarou formalmente ser a alian�a com o PSB estrat�gica no plano nacional, al�m de considerar que a administra��o do socialista Lacerda d� continuidade ao projeto do PT implementado em 1992 na cidade, com o governo Patrus Ananias. Rui Falc�o minimizou o apoio do PSDB a Lacerda, considerando ser esse ponto um elemento “perturbador” mas n�o definidor no debate.
Poder de press�o
Caber� � executiva municipal regulamentar as elei��es internas de 18 de fevereiro que v�o escolher os delegados nas regionais de Belo Horizonte. A tend�ncia � de que sejam eleitos 400 delegados, em distintas chapas, segundo as estrat�gias dos grupos para a elei��o do maior n�mero poss�vel de representantes.
Os grupos querem se cacifar n�o apenas para fazer valer a proposta de apoio a Lacerda em 25 de mar�o, data do encontro. Os que elegerem mais delegados ter�o maior poder de press�o para tentar influir sobretudo na escolha do candidato a vice-prefeito na chapa de Lacerda, caso essa tese seja vencedora. S�o nomes potenciais, dos diferentes grupos, Miguel Corr�a J�nior, Reginaldo Lopes, Andr� Quint�o e Virg�lio Guimar�es. A briga interna poder� levar � escolha de um t�cnico, que n�o comprometa os interesses dos pr�-candidatos �s elei��es de 2016.
Mais de uma das propostas de apoio a Lacerda deixa claro que em 2016 o PT pretende voltar a concorrer � PBH com candidatura pr�pria, tendo o apoio do PSB. Algumas propostas, como a de Paulo Lamac, insistem na coliga��o proporcional com o PSB, uma condicionante que ainda ter� de ser negociada dentro da legenda, uma vez que os socialistas prepararam uma chapa proporcional forte e contam com os votos carreados pela candidatura majorit�ria para alavancar a sua bancada municipal.