Aguinaldo Ribeiro assumir� Minist�rio das Cidades com tarefa de unir governo e partido

O novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), que toma posse amanh�, est� tendo todo o cuidado para n�o repetir os erros de seu antecessor M�rio Negromonte. A primeira provid�ncia est� sendo tomada desde que foi confirmada a sua indica��o pelo Pal�cio do Planalto: acompanha de perto a pr�pria sucess�o no comando da bancada da C�mara. A segunda medida ser� tomada, com mais rigor, quando sentar oficialmente na cadeira de ministro: escolher nomes que sejam aprovados n�o apenas pelo pr�prio partido, mas, principalmente, pelo Pal�cio do Planalto.

O grupo que al�ou Aguinaldo Ribeiro, um parlamentar de primeiro mandato, ao comando de um minist�rio com or�amento de R$ 8 bilh�es est� conduzindo o roteiro com m�o de ferro. Al�m das den�ncias de fraudes em licita��es e de encontros de assessores com lobistas, dois fatores foram considerados fundamentais pelo governo para definir a queda de Negromonte: falta de controle pol�tico do pr�prio partido e incapacidade administrativa para gerenciar um minist�rio que gerencia, entre outras coisas, o Minha casa, minha vida.

Na manh� de sexta, Aguinaldo encontrou-se com a bancada do partido na C�mara. Seu grupo pol�tico trabalha pela elei��o de Arthur Lira (AL), filho do senador Benedito de Lira. Ambos est�o no primeiro mandato nas respectivas Casas. O almo�o de comemora��o da indica��o de Aguinaldo, regado a vinho branco com camar�es servidos a granel, foi na casa de Arthur, na quinta-feira, horas antes do encontro do ministeri�vel com a presidente Dilma Rousseff, no Pal�cio do Planalto.

Sem unamimidade

Para n�o melindrar demais os dissidentes – nomes como Vilson Covatti (RS) e Nelson Meurer (PR), aliados de Negromonte –, Aguinaldo trabalha em busca de um consenso interno. Covatti j� avisou que eles n�o aceitam Arthur, pois consideram que ele articulou intensamente a queda do ex-ministro das Cidades. “Isso n�o existe, Arthur n�o trabalhou contra ningu�m. Mas, se o nome dele n�o conseguir unanimidade, poderemos buscar uma alternativa”, disse um dos parlamentares mais pr�ximos de Aguinaldo.

A outra estrat�gia � indicar nomes afinados com a Casa Civil e que tenham conhecimento da �rea em que v�o atuar. “Queremos formar uma equipe de excel�ncia, com n�vel t�cnico elevado”, disse o novo ministro. Ele j� avisou que n�o vai buscar op��es apenas entre os filiados ao PP, mas tamb�m em outros partidos. Est� praticamente descartada a hip�tese de uma sele��o no mercado, j� que os sal�rios oferecidos no minist�rio s�o incompat�veis com a iniciativa privada. (Colaborou Karla Correia)

Volta de Negromonte

Um cen�rio �rido aguarda o ex-ministro das Cidades M�rio Negromonte (PP-BA) em seu retorno � C�mara. Abatido do comando da pasta, Negromonte reassume sua cadeira de deputado tendo o apoio de um naco entre os 34 parlamentares do PP em exerc�cio. Ele ter� como principal advogado o presidente do partido, o senador Francisco Dornelles (RJ), com quem divergiu fortemente durante a campanha presidencial. Dornelles se inclinava na dire��o do tucano, Jos� Serra, e Negromonte levou o partido para a candidatura de Dilma Rousseff.