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Estado de Minas

Dilma d� sua cara ao governo com v�rias companheiras no poder

Um ano depois de assumir o Planalto, Esplanada est� mais t�cnica, formada, sobretudo, por mulheres dos quadros do PT ou que j� trabalharam com ela


postado em 19/02/2012 07:11 / atualizado em 19/02/2012 07:34

“Nunca antes na hist�ria deste pa�s” o sexo feminino teve tanto espa�o no primeiro escal�o do governo federal. O bord�o � do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, mas o recorde de mulheres na Esplanada dos Minist�rios e em cargos importantes � da presidente Dilma Rousseff. Ela come�ou seu governo com nove ministras. Um ano depois, j� s�o 11, contando com Maria das Gra�as Foster, empossada semana passada na presid�ncia da Petrobras, cargo com status de minist�rio.

Esse n�mero j� supera a quantidade de mulheres que passaram pelo primeiro escal�o ao longo dos oito anos do governo Lula. Segundo estudo das pesquisadoras Hildete Pereira de Melo e Lourdes Bandeira, desde a proclama��o da Rep�blica at� 2010, 18 mulheres ocuparam pastas ministeriais como efetivas ou interinas. Desse total, 11 foram nomeadas no governo Lula, incluindo nessa conta M�rcia Nassit que permaneceu apenas alguns meses � frente do Minist�rio da Sa�de. Com as indica��es de Dilma, incluindo o nome de Iriny Lopes (PT-ES), que deixou a Esplanada para disputar as elei��es municipais, esse n�mero saltou para 30.

O aumento da presen�a feminina � reflexo da nova cara do governo Dilma, com ministros de perfil mais t�cnico e menos pol�tico e muitas “companheiras”, j� que boa parte das mulheres no primeiro escal�o pertence ao PT ou trabalharam com a presidente durante o governo Lula. Das 12 ocupantes de postos chaves no primeiro escal�o, oito s�o do partido da presidente. Seis exerceram cargos de confian�a na administra��o passada, algumas trabalharam diretamente com Dilma, caso de Gleisi Hoffman (PT-PR), que foi diretora financeira da Itaipu Binacional quando a presidente ocupava o Minist�rio das Minas e Energia.

Desde a posse, em janeiro de 2010, j� houve 13 trocas de comando nos cargos mais importantes da Rep�blica. Nessas mudan�as, duas mulheres assumiram minist�rios cobi�ados. A Casa Civil, antes comandada pelo todo-poderoso deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), est� hoje nas m�os de Gleisi Hooffman, e o Minist�rio das Rela��es Institucionais, antes comandado por Luiz S�rgio (PT-RJ), passou para Ideli Salvatti (PT-SC), que ocupava a inexpressiva pasta da Pesca.

A mais recente nomeada por Dilma foi assunto nos jornais e revistas mundo afora pelo ineditismo. Gra�a Foster � a primeira mulher a assumir no mundo o comando de uma companhia de petr�leo. Militante do PT e funcion�ria de carreira da Petrobras, ela j� figurava na lista do jornal Financial Times como uma das 50 mulheres em ascens�o no mundo dos neg�cios. Agora, chegou ao topo da carreira na estatal petroleira.

Para o cargo de ministra da Secretaria de Pol�tica para Mulheres Dilma escolheu, sem a interfer�ncia de nenhum partido, Eleonora Menicucci, feminista hist�rica e defensora da legaliza��o do aborto, assunto que divide opini�es dentro do Congresso Nacional. Apesar de ser filiada ao PT, Eleonora n�o participava ativamente da vida partid�ria e nunca disputou nenhum cargo eletivo.

 

INDICA��ES NO JUDICI�RIO

Al�m das integrantes do primeiro estafe do Executivo, a presidente indicou no seu mandato duas mulheres para posi��es importantes: a ga�cha Rosa Weber para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a pernambucana Ana Arraes (PSB) para o Tribunal de Contas da Uni�o. A nova ministra do STF foi uma escolha pessoal de Dilma, em fun��o da amizade da fam�lia da presidente com a jurista, que antes do STF atuava como ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Rosa Weber � a terceira mulher indicada para o Supremo e Ana Arraes � a segunda ministra a ocupar a corte de contas em seus 12 anos de exist�ncia.

Para o cientista pol�tico Malco Camargos, finalmente um dos grandes paradigmas da pol�tica est� sendo quebrado com o aumento das mulheres nas esferas do poder. “A pol�tica sempre foi, historicamente, um espa�o masculino, mas com a chegada de uma mulher � Presid�ncia da Rep�blica isso est� mudando. Ainda h� um caminho enorme a ser percorrido, mas j� demos passos importantes.”

Para ele, essa mudan�a no perfil dos ocupantes do primeiro escal�o, marcado pela presen�a maior de mulheres, veio para ficar. “Geralmente, as mulheres que conseguem ocupar um espa�o tipicamente masculino s�o muito competentes, pois, para isso elas t�m que ser extremamente qualificadas. Acho que esse � o perfil das ministras da presidente”, destacou.

Para o ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio, Fernando Pimentel (PT), da cota pessoal de Dilma, a “nomea��o de mulheres para cargos estrat�gicos” � a consolida��o de um processo que culminou com a elei��o da pr�pria presidente. “A ascens�o feminina n�o � mais novidade na hist�ria recente do Brasil. A escolha de mulheres para postos chaves do governo � cada vez menos fruto de uma a��o afirmativa, na medida em que o perfil t�cnico � cada vez mais o crit�rio de nomea��o”, acredita Pimentel. “� dessa forma que se pode considerar as duas �ltimas escolhas da presidenta Dilma: a da ministra Eleonora Menicucci e a de Maria das Gra�as Foster, refer�ncias em suas �reas de atua��o.”

 


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