� parte da polariza��o de boa parte da pol�tica brasileira na disputa entre PT e PSDB, uma das quest�es que se anunciam para as pr�ximas elei��es municipais diz respeito a como ser� utilizado o capital pol�tico constru�do pela ex-senadora Marina Silva (AC) no �ltimo pleito presidencial, quando ela atingiu a surpreendente marca de 19,5 milh�es de votos em todo o pa�s. Segundo aliados de Marina, o atual sil�ncio da pol�tica acreana � estrat�gico. “A Marina est� num momento de 100% de controle da sua agenda”, ressalta Jo�o Paulo Capobianco, coordenador de campanha da ex-senadora nas elei��es de 2010.
O sil�ncio tamb�m coloca uma inc�gnita sobre o futuro partid�rio de Marina. O ingresso numa nova legenda est� descartado, no momento. A cria��o de um novo partido n�o passa de um possibilidade distante, a ser materializada depois de outubro. “Ela poder� ter um peso muito grande nas elei��es municipais, com os candidatos que aderirem � agenda da sustentabilidade urbana”, acrescenta Capobianco.
Para os especialistas, ao privilegiar a agenda da sustentabilidade, a candidata se afasta da pol�tica partid�ria, o que pode confundir seu eleitorado. “Dentro desse contexto, vai ser muito ecl�tico. Pode ocorrer apoio ao PT em um lugar e em outro ao PSDB. Isso pode confundir um pouco”, avaliou o cientista pol�tico da Universidade de Bras�lia David Fleischer.
Em raz�o da falta de um palanque, Marina deve permanecer sob os holofotes em eventos como a Rio+20, prevista para junho. Em rela��o aos debates previstos no Congresso Nacional, Marina tamb�m deve ter destaque no debate do C�digo Florestal previsto para ser votado nesse semestre.