Sem nenhuma d�vida de que o ex-governador Jos� Serra (PSDB) ser� candidato � Prefeitura de S�o Paulo, o novo l�der do PT na C�mara, Jilmar Tatto (SP), n�o faz rodeios: acha que seu partido corre o risco de perder a elei��o na maior cidade do Pa�s, caso n�o se alie ao PMDB no primeiro turno. Ex-secret�rio municipal na gest�o Marta Suplicy (2001-2004), ele teme a reedi��o do fiasco ocorrido h� quase oito anos, quando o PT rejeitou o PMDB na chapa e foi derrotado.
“O PT precisa parar de brincar de fazer pol�tica. Se h� um movimento de rearticula��o das for�as conservadoras do lado de l�, temos de nos unir do lado de c� e procurar o PMDB”, diz Tatto, um dos entusiastas da parceria com o prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Apesar de apoiar a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad, o deputado chega a afirmar que, para n�o ser arrogante, a dire��o do PT deve se sentar � mesa com os partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff e discutir at� mesmo a cabe�a da chapa. “Eu defendo o PMDB para vice de Haddad, mas isso n�o pode ser colocado como precondi��o”, ressalva. “N�o podemos sair divididos nessa campanha. Isso � de uma miopia pol�tica muito grande.”
Na avalia��o de Tatto, que desistiu de disputar pr�via no PT, o deputado Gabriel Chalita (SP), pr�-candidato do PMDB, “n�o � um nome ruim”. Mas explica que n�o est� indicando o nome do pr�-candidato do PMDB, mas em um nome indicado pelo PMDB.
Aos responder � reportagem sobre o fato de os contr�rios � parceria com Chalita dizerem que ele tem perfil semelhante ao de Haddad, por ser da �rea de educa��o, Tatto respondeu: "N�o � um nome ruim. � que a for�a n�o est� no Chalita. A for�a est� no PMDB, e n�o tem esse neg�cio de perfil. Quem acha que o Haddad vai pegar um voto acima daquilo que � o hist�rico do PT est� enganado. Agora, n�o podemos sair divididos na campanha. Isso � miopia pol�tica. Uma coisa � ter a base dividida l� em Cochinchina da Serra. Outra, em S�o Paulo, centro das for�as atrasadas, retr�gradas, de direita."