S�o Paulo - O ministro da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o, Marco Antonio Raupp, afirmou nesta segunda-feira que n�o v�o faltar recursos para dar continuidade �s pesquisas brasileiras na Ant�rtica . No �ltimo s�bado, um inc�ndio destruiu parte da Esta��o Comandante Ferraz, base militar e cient�fica operada pela Marinha na Ant�rtica.
“A base tem que ser reconstru�da, e reconstru�da de forma a aproveitar as oportunidades, dentro do pior cen�rio", disse Raupp. Segundo ele, o pa�s aproveitar� a oportunidade para melhorar a obra, torn�-la mais adequada � finalidade a que se destina, que � fazer pesquisa, e far� isso o mais r�pido poss�vel. "N�o faltar�o recursos para a retomada completa dessa atividade”, garantiu o ministro, ap�s visita �s instala��es da Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de S�o Paulo (Fapesp), na capital paulista.
O ministro informou que se reunir� em breve com os pesquisadores chefes ou respons�veis pelos trabalhos na base brasileira para encontrar uma maneira de n�o se interromperem os trabalhos na regi�o. Raupp disse que a ideia � elaborar um planejamento para que n�o haja descontinuidade nas pesquisas que vinham sendo realizadas l� e deu como exemplo as sub-bases brasileiras que est�o instaladas na Ant�rtica. O ministro mencionou ainda a a ajuda de pa�ses como a Argentina e o Chile, que tamb�m operam no Continente Ant�rtico.
De acordo com Raupp, outra op��o seria usar como base o navio Almirante Maximiano que, segundo ele, tem condi��es de dar apoio � continuidade das pesquisas na Ant�rtica. O navio pode estacionar l� e ser a base para que as medi��es e pesquisas continuem sendo feitas. "Usar novas plataformas, ou fazer acordos com pa�ses que est�o atuando l� para aproveitar a infraestrutura, deles e levar essas embarca��es que temos para perto da Ant�rtica, � o que temos que definir agora”, resumiu o ministro.
A Esta��o Comandante Ferraz abrigava pesquisadores brasileiros que estudam os efeitos das mudan�as clim�ticas na Ant�rtica e suas consequ�ncias para o planeta, al�m de pesquisas sobre a vida marinha e a atmosfera. Os trabalhos s�o financiados por bolsas concedidas pelo Conselho de Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (CNPq), ag�ncia de fomento vinculada ao Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o.
De acordo com Raupp, as pesquisas realizadas na regi�o t�m import�ncia estrat�gica para o pa�s. “Em primeiro lugar, pelas pesquisas das condi��es da Ant�rtica e pelo conhecimento atmosf�rico e oce�nico, que influenciam a vida aqui na Am�rica do Sul e no Brasil, mas tamb�m pelo tratado para ocupa��o da Ant�rtica por todos os pa�ses do mundo. Temos que fazer pesquisas l� para termos direito a ter uma posi��o na Ant�rtica”, explicou.
Raupp informou que, desde 2007, o minist�rio investiu cerca de R$ 140 milh�es em atividades na base brasileira na Ant�rtica, valor que considera “perfeitamente suficiente para financiar todas as pesquisas l�”.
Ele confirmou que o inc�ndio destruiu 70% dos laborat�rios da esta��o, como a Marinha informou ontem, em nota � imprensa. "A Marinha est� fazendo um inqu�rito para saber das causas dessa fatalidade e contabilizar os preju�zos.”
Perguntado se os equipamentos da Esta��o Comandante Ferraz estavam sucateados, o ministro respondeu: “N�o sei. S�o 28 anos [de instala��o da base], e at� podem acontecer coisas desse tipo, mas � prematuro falar sobre o que teria acontecido l�, quais eram as condi��es dos equipamentos. Isso deve ser feito de forma organizada, racional e formal para sabermos o que realmente aconteceu.”
Raupp negou ter conhecimento de inspe��o que teria sido realizada recentemente na base, segundo a qual seria necesss�rio repor os equipamentos para controle de inc�ndio. “O minist�rio n�o � o respons�vel pela manuten��o ou opera��o das condi��es da base. O respons�vel pela log�stica e manuten��o de toda a infraestrutura � a Marinha”, concluiu.