Bras�lia – Os ministros da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o, Marco Ant�nio Raupp, e da Educa��o, Aloizio Mercadante, consideraram o manifesto publicado por entidades representativas da ind�stria brasileira e da comunidade cient�fica do pa�s como uma “provoca��o positiva” do assunto. O comunicado da categoria, que defende revis�o da redu��o de or�amento da pasta, foi publicado nesta ter�a-feira em v�rios ve�culos de comunica��o.
“Fomos provocados positivamente, pelos colegas da comunidade cient�fica e empresarial, sobre recursos para ci�ncia e tecnologia. Mas � preciso fazer reparos. Existem v�rios itens que s�o importantes de ser considerados, que somam aos recursos or�ament�rios do minist�rio e elevam recursos, muito aqu�m do que os empres�rios est�o trabalhando”, comentou Raupp.
Apesar de considerar o di�logo positivo, o titular da pasta de Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o, contesta os c�lculos feitos pelas entidades representativas. “Contesto as contas que eles fazem. Quando falam que investimentos est�o diminuindo, n�o levam em considera��o outros investimentos. Um exemplo � pr�pria Finep [Financiadora de Estudos e Projetos, ag�ncia de fomento vinculada ao minist�rio] vai investir mais R$ 6 bilh�es. Esse valor significa que vai dobrar o or�amento, o que modifica completamente o quadro”, argumentou.
Para Mercadante, o cr�dito proposto pela Finep objetiva estimular a participa��o das empresas privadas como colaboradoras nos investimentos � ci�ncia, tecnologia e inova��o. “Colocamos mais recurso para cr�dito exatamente para incentivar a empresa privada a fazer inova��o. No caso da Finep, � basicamente cr�dito para inova��o, o que significa atender � demanda de inova��o da ind�stria e gerar competitividade”, disse o ministro da Educa��o.
Os ministros defenderam maior participa��o das empresas privadas nos investimentos � inova��o. “Grande desafio � a participa��o das empresas, do mundo empresarial em geral, investindo em ci�ncia e tecnologia. Isso � caracter�stica dos pa�ses que est�o crescendo nessa �rea, todos eles, onde os investimentos das empresas s�o bem maiores que os de governo”, observou Raupp.
A meta do governo � aumentar a participa��o empresarial em pesquisa e desenvolvimento para 0,90% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor corresponderia � metade dos investimentos no setor, visto que a estimativa do governo � chegar a 1,8% do PIB, nesse mesmo per�odo. Atualmente, a participa��o do setor privado est� em 0,55% e a do governo, em 0,61%, segundo dados do Minist�rio de Ci�ncia e Tecnologia.