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Estado de Minas

Candidatos a formar chapa no PT com Lacerda j� come�am as articula��es

Nesse domingo, a sigla decidiu por reeditar a alian�a, sem vetar tucanos


postado em 26/03/2012 06:53 / atualizado em 26/03/2012 07:20

Resultado da votação no Encontro de Táticas, que teve a participação de 479 delegados petistas, mostrou que o partido está dividido (foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)
Resultado da vota��o no Encontro de T�ticas, que teve a participa��o de 479 delegados petistas, mostrou que o partido est� dividido (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A PRESS)
O PT chegou ao fim de sua primeira batalha interna. Numa vota��o apertada – 255 a 224 votos, o equivalente a 53% contra 47%, dentro de um col�gio eleitoral de 479 delegados presentes –, os petistas de Belo Horizonte decidiram ontem, durante o tenso Encontro de T�tica Eleitoral, reeditar a alian�a com o PSB, do prefeito Marcio Lacerda. Apesar do forte tom cr�tico do apoio, que tamb�m recomenda aos socialistas a exclus�o dos tucanos, na pr�tica os delegados do PT entregaram ao PSB – que j� confirmou a participa��o formal do PSDB – a constru��o da alian�a. A resolu��o aprovada pelos delegados em vota��o direta ainda apresenta como pontos importantes da alian�a com os socialistas a coliga��o proporcional e a �nfase no programa de governo �s quest�es sociais, culturais e habitacionais, com maior participa��o popular num eventual futuro mandato.

Ao apontar para a reedi��o da alian�a, o PT indicar� o candidato a vice-prefeito. Ser� o in�cio da segunda grande batalha interna, anunciada para 15 de abril, quando o mesmo col�gio de delegados eleitos em 18 de mar�o voltar� a se reunir para homologar o candidato a vice da legenda. T�o logo os votos foram conferidos, ao p� de ouvido as novas articula��es se iniciaram. Est�o colocados na disputa o deputado federal Miguel Corr�a J�nior, o deputado estadual Andr� Quint�o e o ex-deputado federal Virg�lio Guimar�es, que poder� ainda tentar emplacar algum nome t�cnico. Entre eles, o procurador geral do munic�pio, Marco Ant�nio Rezende Teixeira, a secret�ria municipal de Educa��o, Maca�, o secret�rio municipal de Obras e Infraestrutura, Murilo Valadares, ou at� mesmo o secret�rio nacional de Aten��o � Sa�de do Minist�rio da Sa�de, Helv�cio Magalh�es, que j� disse que n�o deixar� o cargo.

O apoio do vice-prefeito e presidente municipal do PT, Roberto Carvalho – que tem 35% dos delegados –, ser� disputado, ainda que um prov�vel racha interno se anuncie com a formaliza��o do PSDB na alian�a. “Ningu�m tem rela��o t�o estreita com Roberto como eu”, disse ontem Miguel Corr�a, que tem 23% dos votos dos delegados. Segundo Miguel Corr�a, a escolha do vice se dar� da mesma forma que a decis�o de ontem. “O vice ser� vota��o em turno �nico, pelos mesmos delegados. � o mesmo col�gio e o mesmo qu�rum”, acrescentou Corr�a. Por enquanto, Roberto Carvalho n�o quis se pronunciar: “H� muita coisa para discutir antes de discutir o vice”.

Maioria

Dentro do grupo de petistas que defendeu a candidatura pr�pria � Prefeitura de Belo Horizonte est� o vereador Arnaldo Godoy, que pertence � corrente Articula��o, de Patrus Ananias. “Para vice votarei em Andr� Quint�o”, anunciou ontem o vereador, que conta com 5% das indica��es de delegados. Diferentemente de Corr�a, Andr� Quint�o defende a escolha do vice n�o a partir da maioria eleitoral, mas como resultado de uma constru��o. “Ser� muito ruim se a defini��o for pela simples regra da maioria. � importante discutirmos o papel do vice, assim como um nome que reflita um conjunto ampliado de for�as do PT e que represente o conte�do program�tico do ide�rio do PT”, acrescentou Andr� Quint�o.

Andr� Quint�o ter� o apoio de Patrus Ananias, que deseja um compromisso program�tico firme da chapa de Lacerda. “O importante � que seja um nome que traduza os compromissos hist�ricos do PT com �nfase no campo das pol�ticas p�blicas sociais”, disse o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate � Fome. J� Virg�lio Guimar�es, que tem 12% dos delegados, desconversa sobre o vice: “Ainda n�o � o momento para tratarmos disso”.

Satisfeito com a decis�o dos delegados do PT, o prefeito Marcio Lacerda evitou se pronunciar sobre o processo interno do partido que indicar� o vice em sua chapa. “Respeito o PT e o seu processo de decis�o interna, embora sempre tenha desejado a reedi��o da alian�a e acreditado nisso”, afirmou Lacerda.

 

Por pouco o encontro petista não acabou em briga generalizada entre militantes. Segurança precisou agir(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Por pouco o encontro petista n�o acabou em briga generalizada entre militantes. Seguran�a precisou agir (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)

Tens�o e tumulto no sal�o

O embate entre as duas alas do PT n�o se restringiu ao campo das convic��es pol�ticas. Durante o Encontro de T�tica Eleitoral, ontem, no Clube da Caixa, na Pampulha, seguran�as tiveram de intervir para conter os militantes petistas, que chegaram a se enfrentar fisicamente, com empurr�es. Tudo isso por causa de uma vota��o que mudaria alguns itens do regimento interno do encontro, feita antes da vota��o final que definiu pela reedi��o da alian�a com o PSB. A troca de agress�es verbais tamb�m marcou o encontro do PT. E, como se n�o bastassem os �nimos exaltados, durante poucas horas de reuni�o, o vereador Alexandre Gomes, do PSB, apareceu, segundo ele, “para cumprimentar os amigos”. Mas o pol�tico n�o ficou por muito tempo. O socialista saiu do local aos gritos dos militantes que o chamavam de tucano.

E n�o foi s� ele que foi tachado assim. O ex-deputado federal Virg�lio Guimar�es e at� mesmo o presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes, foram chamados de tucanos em v�rios momentos do encontro. Enquanto, de um lado, vestidos de camisa vermelha, petistas liderados pelo vice-prefeito Roberto Carvalho e o vereador Arnaldo Godoy defendiam a candidatura pr�pria, assentados do outro lado do sal�o, ocupava as cadeiras a ala do partido que defendia a reedi��o da alian�a: o ex-ministro Patrus Ananias, Reginaldo Lopes, o deputado federal Miguel Corr�a e Virg�lio Guimar�es.

As animosidades entre os presentes no Clube da Caixa come�aram quando Virg�lio Guimar�es subiu � mesa para dizer que iria apresentar mudan�as ao regimento interno da vota��o. Duramente vaiado, ele foi defendido pelo delegado Eug�nio Pasqualine Santos: “N�s expulsamos aqui os tucanos e espero que n�o expulsemos os petistas”, disse referindo-se � expuls�o de Alexandre Gomes. Depois de muito bate-boca entre os militantes das duas alas, a mesa colocou as propostas em vota��o. O resultado foi anunciado pelo delegado partid�rio Chiquinho Maciel – que em novembro protestou contra a alian�a simulando levar chibatadas em plena Pra�a Sete. Foi nesse momento que militantes das duas alas se misturaram e se agrediram. A reuni�o s� seguiu depois da interrup��o de seguran�as.

Em v�rios outros momentos houve novas amea�as de briga. Entretanto, prevaleceram as agress�es verbais, principalmente durante o momento em que os l�deres come�aram a defender suas ideias. Em um discurso pol�mico, Reginaldo Lopes disse que a defesa da candidatura pr�pria era derrotada, “sem posi��o pol�tica favor�vel”. Isso causou ainda mais indigna��o nos militantes que defendiam a tese. Durante o discurso, Patrus Ananias cometeu uma gafe: “Estou convencido de que n�s podemos avan�ar em BH com a alian�a com o PSDB”. Ele s� percebeu o erro depois que sua assessora foi avis�-lo. Ele queria dizer PSB. 

 


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